IGP-M sobe e pressiona preço dos aluguéis no Pará

Presidente do Creci, no entanto, afirma que alta de índice não deve influenciar no mercado imobiliário do Pará.

Utilizado como referência para correção dos contratos de aluguel residencial, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,58%, mas registrou desaceleração em relação ao mês anterior, quando a inflação ficou em 0,78%. No acumulado do ano, entre os meses de janeiro e maio, o índice apresentou alta de 3,69% e, nos últimos 12 meses, de 7,78%. A pesquisa foi divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis 12ª Região (Creci), Jaci Colares, o novo valor não deve influenciar nos preços dos aluguéis no Estado do Pará. Ele disse que, ultimamente, a procura tem sido boa e os imóveis disponíveis continuam sendo anunciados. “A oferta de aluguel está grande, é um momento positivo para o setor porque tem havido procura. No entanto, como os preços ainda não chegaram ao patamar que estávamos acostumados há alguns anos, a orientação aos donos de imóveis é não aumentar o preço. Em vez disso, devem negociar da melhor forma com o inquilino”, destacou o especialista.

Para a administradora Juliana Lobato, de 39 anos, que disponibiliza dois imóveis para aluguel, o cenário tem sido positivo, mas é necessário ter alguns cuidados. Por exemplo, para os moradores antigos, ela nunca opta por aumentar o valor cobrado nos apartamentos. “Em um dos meus imóveis, tem uma senhora que mora há uns sete anos, logo quando comprei o local. É muito raro eu repassar o preço de mercado para ela, porque tenho medo de perder o aluguel, então seguro até onde consigo e só aumento em último caso, mesmo com as dificuldades da crise que vivemos”, contou. A solução, segundo a administradora, é esperar o inquilino sair do apartamento e só reajustar o preço para o próximo. Desta forma, não há necessidade de fazer negociações difíceis.


Outro número que influencia no setor dos aluguéis é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), indicador da evolução do custo de vida das famílias, que subiu 0,40% em maio, contra 0,66% no mês anterior. O setor de habitação, por exemplo, passou de 0,46% para 0,31%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, variou 0,06% neste mês. Em abril, o índice havia registrado alta de 0,39% – materiais e equipamentos (0,63% para 0,14%), serviços (0,44% para 0,10%) e mão de obra (0,22% para 0,01%).

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM

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