domingo, 5 de maio de 2024

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Inflação elevada é temporária, afirma presidente do Banco Central

Campos Neto diz que a pandemia é o principal motivo para afetar os preços de quase tudo, castigando países emergentes como o Brasil
O presidente do Banco Central, Roberto Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirma que a alta da inflação, que todo brasileiro vem sentindo no bolso quando faz qualquer compra, é provisória no Brasil. Estaria, diz ele, mais relacionada a uma reprecificação das coisas, principalmente de alimentos. A economia nacional sofre influência também da desvalorização do real brasileiro, das análises que o mercado faz da relação entre dívida pública, capacidade de pagamento e crescimento potencial do país.

Ao comentar as recentes altas inflacionárias em uma live, Campos também ressaltou efeitos da pandemia na economia do país e no mundo, seguindo expectativas anunciadas em 2020 e 2021 e algumas variáveis imprevisíveis. “A inflação implícita está aumentando em países emergentes, mas isso não é um processo de alta de inflação, mas de reprecificação”. Dados divulgados nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registram uma variação acumulada de 6,10% nos últimos 12 meses.

Diante desse cenário, Campos Neto sinalizou a possibilidade de o Comitê de Política Monetária manter a programação de alta na taxa básica de juros em mais 0,75 ponto percentual, chegando a 3,5% ao ano. Atualmente, o centro da meta da inflação para 2021 está em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.  a expectativa que se tinha com a economia do país já foi pior, com previsões de um Produto Interno Bruto (PIB) negativo em -9%. Ficou em -4%.

“Faremos o necessário para garantir que a inflação atinja o target (meta). Mesmo reconhecendo que a inflação está aumentando, reconhecemos que a maioria dos componentes que levam a isso são temporários. Entendemos que a desvalorização da moeda tem impacto na persistência. A não ser que algo muito diferente aconteça, acho que estamos preparados para um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa [Selic]. (…) Isso está decidido? Não. Mas sempre explicamos que o Banco Central sempre pode mudar. Se algo acontece diferente, a primeira coisa que fazemos é comunicar ao mercado o que está acontecendo”, acrescentou Campos Neto.

Por fim, o presidente do BC disse que as dificuldades impostas pela pandemia à economia apresentam “efeitos diferenciados” nos países emergentes, afetando, em especial, o preço dos alimentos. Isso não ocorre da mesma forma em países desenvolvidos. “Como os emergentes tiveram de emitir muita dívida para enfrentar a pandemia, estamos vendo variáveis se comportando de um jeito que não é esperado. Por exemplo, as moedas em mercados emergentes não estão se comportando da forma esperada com as commodities subindo. Em parte, isso é explicado porque as pessoas [o mercado] colocam na equação essa dívida, que é de risco, mais elevada”, concluiu.


(Da Redação Fato Regional, com informações da Agência Brasil)

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