quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Influencers do ‘Jogo do Tigrinho’ de Tucuruí são presas por divulgação ilegal de jogos de azar

A operação 'Hemera' — que remete a uma deusa grega ligada à beleza, trapaça e manipulação — foi deflagrada pela Polícia Civil contra as influencers que ostentavam um padrão de vida de alto luxo. Foram apreendidos carros caros, celulares, tablets, notebooks, máquinas de cartão, dinheiro, entre outros bens que somam mais de R$ 1 milhão
Angela, Jeriane e Andreza são suspeitas de crimes ligados à divulgação ilegal de jogos de azar (Foto: Reprodução / Redes Sociais / Montagem por Fato Regional)

Três influencers de Tucuruí —Angela Sara de Abreu Sousa, Jeriane Correa e Andreza Hadila Alves Mendes — foram presas nesta terça-feira (18) por divulgação ilegal de jogos de azar. Sim, são operadoras do “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de cassino on-line que tem infernizado a vida de usuários de redes sociais e grupos de WhatsApp. Elas foram alvos da operação “Hemera”, da Polícia Civil do Pará, que apreendeu cerca de R$ 1 milhão em bens.

As investigações que levaram à operação “Hemera’ — que remete à deusa grega da beleza, manipulação e trapaça — apontam que as influencers montaram enormes patrimônios a partir da divulgação do “Jogo Tigrinho” (Fortune Tiger e similares). Nas redes sociais, ostentavam vidas de luxo, com festas, bens, viagens, roupas e joias. Enquanto isso, diversas pessoas que acreditavam nelas perdiam dinheiro com as promessas de grandes prêmios.

Veja os carros e motos apreendidos na operação:

Na operação, foram cumpridos três mandados de prisão temporária (até 30 dias) contra Angela, Andreza e Jeriane. E ainda mais cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados às influencers. Os mandados judiciais foram nos setores Buritis I e II, Central Park e Liberdade. Foram apreendidos 7 veículos de luxo (5 carros e 2 motos), celulares, tablets, notebooks, dinheiro, cartões e máquinas de cartões.

Materiais apreendidos nos endereços das influencers durante a operação ‘Hemera’ (Foto: Polícia Civil)

Jeriane e Andreza, algum tempo após a operação, ainda estavam com redes sociais abertas e elas tinham perfis dedicados a divulgar o “Jogo do Tigrinho”. Nas publicações, elas divulgavam grupos de recrutamento de jogadores e prometiam “brindes” para quem se arriscasse nas plataformas. Já Angela bloqueou as redes dela. Mais conhecidas em Tucuruí, as moças também tinham seguidores em outros municípios do Sul e Sudeste do Pará.

A ação foi coordenada pela Superintendência Regional do Lago de Tucuruí, 15ª Seccional Urbana de Tucuruí, Núcleo de Apoio a Investigação de Tucuruí, Delegacia de Homicídios de Tucuruí, Delegacia de Breu Branco e Delegacia de Goianésia do Pará. As investigações seguem em curso, para apurar outros envolvidos nesse fato. As suspeitas estão presas e seguem à disposição do Poder Judiciário.

Foram mobilizados 30 agentes da Polícia Civil para o cumprimento dos mandados da operação Hemera (Foto: Polícia Civil)

O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório. Há uma probabilidade de que as três influencers não fiquem mais de 48 horas presas, seguindo a tendência de decisões judiciais da primeira grande operação contra o “Jogo do Tigrinho” no Pará.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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