Três influencers de Tucuruí —Angela Sara de Abreu Sousa, Jeriane Correa e Andreza Hadila Alves Mendes — foram presas nesta terça-feira (18) por divulgação ilegal de jogos de azar. Sim, são operadoras do “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de cassino on-line que tem infernizado a vida de usuários de redes sociais e grupos de WhatsApp. Elas foram alvos da operação “Hemera”, da Polícia Civil do Pará, que apreendeu cerca de R$ 1 milhão em bens.
As investigações que levaram à operação “Hemera’ — que remete à deusa grega da beleza, manipulação e trapaça — apontam que as influencers montaram enormes patrimônios a partir da divulgação do “Jogo Tigrinho” (Fortune Tiger e similares). Nas redes sociais, ostentavam vidas de luxo, com festas, bens, viagens, roupas e joias. Enquanto isso, diversas pessoas que acreditavam nelas perdiam dinheiro com as promessas de grandes prêmios.
Veja os carros e motos apreendidos na operação:
Na operação, foram cumpridos três mandados de prisão temporária (até 30 dias) contra Angela, Andreza e Jeriane. E ainda mais cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados às influencers. Os mandados judiciais foram nos setores Buritis I e II, Central Park e Liberdade. Foram apreendidos 7 veículos de luxo (5 carros e 2 motos), celulares, tablets, notebooks, dinheiro, cartões e máquinas de cartões.
Jeriane e Andreza, algum tempo após a operação, ainda estavam com redes sociais abertas e elas tinham perfis dedicados a divulgar o “Jogo do Tigrinho”. Nas publicações, elas divulgavam grupos de recrutamento de jogadores e prometiam “brindes” para quem se arriscasse nas plataformas. Já Angela bloqueou as redes dela. Mais conhecidas em Tucuruí, as moças também tinham seguidores em outros municípios do Sul e Sudeste do Pará.
A ação foi coordenada pela Superintendência Regional do Lago de Tucuruí, 15ª Seccional Urbana de Tucuruí, Núcleo de Apoio a Investigação de Tucuruí, Delegacia de Homicídios de Tucuruí, Delegacia de Breu Branco e Delegacia de Goianésia do Pará. As investigações seguem em curso, para apurar outros envolvidos nesse fato. As suspeitas estão presas e seguem à disposição do Poder Judiciário.
O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório. Há uma probabilidade de que as três influencers não fiquem mais de 48 horas presas, seguindo a tendência de decisões judiciais da primeira grande operação contra o “Jogo do Tigrinho” no Pará.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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