sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Jovem finge estar com leucemia e arrecada R$12 mil em golpe com doações

Foto: Reprodução

Uma jovem de 26 anos é investigada por fingir que estava com leucemia e aplicar golpes envolvendo doações para custear o tratamento contra o suposto câncer. A investigada, a camareira Débora Barros dos Santos chegou a receber ao menos, R$ 12 mil em doações. Segundo a Polícia Civil, aproximadamente 100 pessoas que trabalhavam com ela participaram de uma rifa, que ela teria organizado, no valor de R$ 25. Além disso, a jovem também chegou a receber diversas doações de pessoas próximas e até mesmo de familiares. De acordo com a polícia, ela pedia contribuições em dinheiro para a suposta realização de exames, tratamentos e custeio de medicamentos.

O caso aconteceu em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o delegado responsável pelo caso, Tibério Cardoso, acredita-se que os valores sejam ainda mais altos dos que já foram apresentados até o momento. Segundo ele, outras pessoas que conheciam a jovem, além dos colegas de trabalho, realizaram campanhas para ajudá-la no suposto tratamento.

“Só um jardineiro que trabalhava com ela, conseguiu uma doação com vizinhos de R$ 750. Ela também conseguiu doações da família do namorado, de pessoas próximas, familiares, valores individuais que chegavam a R$ 3 mil”, contou o delegado, em entrevista ao site Metrópoles.

Ainda de acordo com o policial, as testemunhas seguem sendo ouvidas aos poucos. Até o momento, 14 pessoas já prestaram depoimento. “Como não houve flagrante, ela [Débora] não está presa. Vamos ouvi-la por último. A informação que tivemos é que ela teve alta médica na última sexta-feira, 30, mas vamos oficiar o hospital para saber das condições da internação”, detalhou Cardoso.

Sangue falso

Para continuar com a farsa e sensibilizar os colegas de trabalho, Débora mandava fotos com sangue falso, além de imagens com curativos. Porém, segundo especialistas, o sangue era falso e se tratava apenas de uma substância avermelhada. “Opiniões médicas já afirmaram que o sangue é falso. Mas enviamos para a perícia para uma análise mais aprofundada”, revelou.

Embora sensibilizados com a situação da colega de trabalho, muitos desconfiaram do comportamento da camareira, até que um deles denunciou o caso à polícia. Três amigas de Débora fizeram tatuagens em homenagem à colega doente.


Segundo a denúncia, Débora contava aos colegas que fazia o tratamento acompanhada de uma amiga, mas ninguém conhecia. A polícia acredita que a suposta amiga também seja invenção da suspeita. Ainda segundo a polícia, Débora nunca apresentou diagnósticos ou exames que comprovassem o câncer.

Débora contou aos amigos que o tratamento contra a doença era realizado em um hospital ao qual ela não era paciente. As testemunhas falaram à polícia que a jovem alegava fazer o tratamento no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia. Porém, o hospital informou que a jovem nunca foi paciente da unidade.

Com informações do Metrópoles