O juiz Marllon Sousa, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, deu um prazo de 5 dias — a contar desta terça-feira (19) — para que o Governo Federal explique o suposto interesse em trocar o avião presidencial. O magistrado acatou um pedido de deputados de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os parlamentares apontam que o modelo dentro das especificações sugeridas pelo presidente poderia custar até US$ 80 milhões (cerca de R$ 400 milhões).
Os parlamentes afirmam a compra “apresenta-se absolutamente incompatível com o cenário de déficit nas contas públicas”. A petição é assinada pelos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), André Fernandes (PL-CE), Maurício Marcon (Podemos-RS), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Evair Vieira (PP-ES), Carlos Jordy (PL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O Ministério da Defesa fez um levantamento de preços a partir de um estudo da Força Aérea Brasileira (FAB). Lula havia sinalizado que poderia solicitar a troca do avião, comprado em 2004 (por quase US$ 60 milhões). O motivo é que a aeronave oficial não conseguiria fazer voos de longa duração. Para o encontro do G20, ocorrido em 9 e 10 de setembro na Índia, foram feitas duas paradas. E caso a troca fosse feita, seriam solicitados algumas características específicas que tornariam a aeronave mais cara.
O Governo Federal negou que qualquer compra já tenha sido feita e sinalizou um possível recuo na proposta de compra do novo avião. “Caso haja definição de compra, o processo será público e conduzido pela Força Aérea Brasileira, órgão responsável pela aquisição de aeronaves”. A nota não cita a intimação do juiz federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi intimada a se manifestar sobre o caso.
(Da Redação do Fato Regional)
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