O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou, formalmente, Flávio Dino para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). O atual ministro da Justiça e Segurança Pública é um dos mais populares do governo, devido ao perfil que mistura momentos descontraídos e sérios, com um tom que varia do debochado ao professoral. Porém, a indicação desagrada parte da base aliada de Lula, assim como gera críticas em meio à oposição.
Dino é também um dos ministros mais visados de Lula pela oposição no Congresso Nacional. Frequentemente é convocado por deputados e senadores para algum tipo de questionamento, em audiências que tentam associar a ele e ao PT a organizações criminosas ou incompetência. Recentemente, ele recebeu um golpe devido a uma matéria do jornal O Estado de São Paulo em que divulgava que a esposa de um líder do Comando Vermelho do Amazonas visitou o ministério. Ele não se encontrou com a mulher.
Lula também indicou Paulo Gonet para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR), atendendo aos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apoiam a indicação. Mais uma escolha que desagradou a base aliada por conta do perfil mais conservador de Gonet. Já para o STF, a base aliada pedia a indicação de uma mulher negra.
Antes de se formalizado como ministro, Dino precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Membros da CCJ vão preparar um parecer que será apreciada no plenário. A aprovação do nome só ocorre se for consentida por 41 dos 81 senadores. Além de Dino, são cotados o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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