Na última quinta-feira, 1, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Gleisi Hoffmann como presidente nacional do PT e desistiu oficialmente da ideia de tê-la como ministra. A decisão foi comunicada a senadores e deputados petistas em uma reunião no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Na prática, com a permanência de Gleisi no comando do partido, ela não vai ocupar um ministério, já que o estatuto do PT proíbe o acúmulo de funções.
Segundo um parlamentar que estava na reunião, Lula fez muitos elogios a Gleisi pela atuação dela na presidência do partido e na campanha eleitoral. Disse ainda que ela não será ministra porque tem muita importância no partido.
Gleisi é presidente do PT desde 2016 e tem mandato até ano que vem. A ex-senadora tem prestígio e confiança junto a Lula porque, nos anos em que o ex-presidente esteve preso, ela bancou internamente que o PT deveria centralizar sua atuação na busca pela inocência dele.
No ano de 2018, Gleisi chegou a ser cotada para substituir Lula na eleição presidencial depois que ele foi impedido de disputar as eleições. Na época, no entanto, ela foi preterida e o substituto foi Fernando Haddad.