O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crimes de responsabilidade na gestão da pandemia e defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). E ainda, solicitar uma investigação por parte da Procuradoria-Geral da República para apurar, que é o ente público que pode afastar o ministro do cargo. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (25).
“Em relação ao ministro da Saúde, ele já cometeu crime. A irresponsabilidade de orientar o tratamento precoce, de não ter respondido à Pfizer, de não ter se aliado ao Butantan para acelerar a vacina. Tudo isso caracteriza crime e a PGR vai investigar. (…) É crime. Crime contra a população de não ter respondido à Pfizer, de ter tratado de forma irrelevante. Só que os crimes precisam ser investigados e esperamos que essa CPI possa esclarecer tudo e dizer quais responsabilidades de cada um no momento mais grave de todos”, declarou Maia.
Rodrigo Maia reafirmou a responsabilidade de Pazuello em relação ao não atendimento da oferta do laboratório Pfizer de propor acordo sobre o envio de 2 milhões de doses. Maia ressaltou que é preciso fazer uma ampla investigação e por isso reforçou a necessidade de uma CPI. Ele culpou o ministro da Saúde pelo agravamento da crise econômica. Numa projeção citada pelo presidente da Câmara, se 70% da população fosse vacinada até o meio deste ano, a economia poderia crescer 8%. Pelos atrasos com as vacinas, o Brasil não chega a 3% de crescimento.
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“Pela incompetência e irresponsabilidade do ministro da Saúde, vamos ter um crescimento abaixo de 3%, o que significa que vamos perder emprego e renda. A questão da vacina é crucial para qualquer país sair da paralisia na economia”, defendeu Maia.
Maia criticou ainda o governo pelo pouco empenho na aprovação das reformas administrativa e tributária e da PEC Emergencial. Para ele, o governo desistiu dessas propostas e não vai gastar capital político para projetos polêmicos. Também voltou a defender a aprovação da PEC Emergencial antes do orçamento para garantir aos investidores que o País tem responsabilidade fiscal. “Nenhum debate sobre gasto extraordinário vai ser visto de forma tranquila”, disse.
(Fonte: Agência Câmara de Notícias, com edição de Victor Furtado, da Redação Fato Regional)