Mais de mil postos de combustíveis no Brasil estão sob controle de organizações criminosas, diz ministro

Nesta quarta-feira (5), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que a PF investigue o crime organizado que se infiltrou no setor de postos de combustíveis para lavagem de dinheiro. O ministro citou que 'bilhões em impostos' são sonegados e que as práticas criminosas colocam em risco a segurança econômica do país e ameaçam consumidores.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que a PF inicie uma investigação para combater as organizações criminosas que se infiltraram no setor de postos de combustíveis, formando cartéis, lavando dinheiro ilícito e sonegando bilhões em impostos (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou que a Polícia Federal investigue a atuação de organizações criminosas que se infiltraram no setor de distribuição de combustíveis. A investigação terá foco na formação de cartéis que, segundo ele informou, tomou controle de mais de mil postos no Brasil, praticando lavagem de dinheiro e sonegação de bilhões de reais em impostos.

O anúncio foi feito durante a primeira reunião do Núcleo de Combate ao Crime Organizado, nesta quarta-feira (5). O grupo foi criado em janeiro. Lewandowski diz que a investigação busca não apenas desarticular as organizações criminosas, mas também fortalecer os mecanismos de fiscalização e garantir que o mercado de combustíveis opere de maneira justa e transparente.

Também foi anunciada a criação de um subgrupo permanente, destinado a fornecer informações estratégicas para as autoridades competentes, promovendo a troca de dados entre os órgãos envolvidos. Composto por diversas agências e servidores da casa, incluindo os secretários das áreas envolvidas, esse subgrupo terá como missão apoiar a PF nas investigações.

“O crime organizado tem utilizado postos de combustíveis como fachada para lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas. Estima-se que mais de mil postos já estejam sob controle dessas organizações, o que afeta diretamente a concorrência, distorce os preços e compromete a segurança econômica do setor. Não só pela sonegação de bilhões em impostos, mas também pela adulteração de produtos e formação de cartéis”, afirmou o ministro.

Lewandowski destacou que com a união de esforços entre os órgãos públicos e o setor privado, que já havia identificado essa infiltração criminosa e demonstrado grande preocupação, agora há uma base sólida para um enfrentamento mais efetivo.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do MJSP)


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