sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Marituba: cidade que abriga aterro sanitário está há três semanas sem coleta de lixo

Prefeitura de Marituba alega que houve problemas de acesso ao aterro sanitário. Outras prefeituras que usam o aterro não relatam problemas e a empresa que gerencia o espaço diz que houve trabalho normal.
Por conta do lixo, insetos e roedores começam a marcar presença e incomodar moradores. (Foto: Victor Furtado / Fato Regional)

Há quase três semanas, Marituba, na Região Metropolitana de Belém, está sem coleta de lixo. Por todos os bairros, inclusive o Centro, resíduos se acumulam pelas ruas e vão sendo pendurados onde for possível, para evitar que animais em situação de rua rasguem os sacos e espalhem ainda mais sujeira. Sobram reclamações do fedor que já exala do aterro sanitário e agora o fedor das ruas, além dos ratos, baratas e moscas invadindo as casas. Para se virar, muitos moradores do município estão pagando carroceiros, que apenas transportam os problemas para outros lugares.


Em nota, a Prefeitura de Marituba informou que “…houve problemas técnicos na coleta de lixo domiciliar do dia 15 ao dia 25 de novembro. Os nove coletores que operam diariamente passaram por problemas técnicos, que geralmente ocorrem neste período de chuva intensa, onde fica intrafegável o acesso às montanhas de lixo do aterro sanitário. Os caminhões coletores não conseguem subir na montanha de resíduos, sendo necessário a utilização de um trator de esteira para puxar os veículos. Toda vez que isso ocorre os caminhões coletores danificam. Isso faz com que a frota fique desfalcada, com isso ocorra a insuficiente de veículos para a coleta de lixo”.

“Informamos que o serviço já foi normalizado no dia 26, sendo que em torno de cinco dias já estará normalizada e sob controle a coleta de lixo. A prefeitura de Marituba conta com a compreensão de todos”, conclui a prefeitura. As prefeituras de Belém e Ananindeua também dependem do aterro sanitário que fica em Marituba, administrado pela Guamá Tratamento de Resíduos. Não houve prejuízo nas coletas desses dois municípios. Seis dias passaram nesta terça (1º de dezembro). Várias ruas e bairros seguem com problemas.

 

Lixo se avoluma até mesmo na rodovia BR-316. Moradores não sabem mais o que fazer. (Foto: Victor Furtado / Fato Regional)

 

Em nota, a Guamá Tratamento de Resíduos informou que “…não registrou nem identificou ocorrência que possa ter causado atraso no processo de descarte dos clientes/usuários do Aterro Sanitário de Marituba. Informa que, do período de 15 a 25 do mês de novembro, o município de Marituba descarregou 448 toneladas em 106 viagens de caminhão. O tempo médio de descarga dos caminhões foi de 30 minutos, que são condições adequadas e compatíveis com as semanas anteriores do mês”.
“Sobre a questão do odor, a Guamá tem adotado várias medidas para sua mitigação. Como parte dessas iniciativas, a empresa instalou um sistema de aspersores para minimizar sua dispersão na comunidade do entorno, assim como cobertura diária dos resíduos, cobertura das lagoas de armazenamento de chorume e instalação de filtros nos respiros das lagoas”, diz a nota da empresa responsável pelo aterro sanitário.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional, com informações de O Liberal)