domingo, 24 de novembro de 2024

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Marques fala sobre Lava-Jato, segunda instância e meio ambiente na busca por apoio

Crédito: Divulgação/Ascom/TRF-1

A sabatina está marcada para o próximo dia 21, mas o desembargador Kassio Nunes Marques começou a busca por apoio do Senado para aprovação à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O magistrado começou as articulações nesta terça-feira, 6, com a intenção de se aproximar dos senadores, apresentar sua formação, acabar com as dúvidas sobre a indicação e apresentar seu entendimento sobre temas polêmicos como Lava-Jato, prisão em segunda instância e preservação ambiental.

Kassio já esteve no gabinete do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO) e começou o “corpo a corpo” com os parlamentares logo na manhã de hoje. Participou de uma conferência com integrantes e convidados do Bloco Parlamentar Vanguarda, que agrega os senadores de PL, PSC e DEM e se colocou à disposição para continuar com as “pré-sabatinas”.

Marques já foi questionado sobre:

Apadrinhamento

Kassio Marques destacou sua formação e experiência profissional, mas não escapou das perguntas sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro, com o PT e com os possíveis padrinhos.

Marques informou que conheceu Bolsonaro há dois anos, no Congresso Nacional, mas não tem uma relação próxima com o presidente. Admitiu que foi surpreendido com a indicação ao STF. Negou vínculos com o PT e com a ex-presidente Dilma Rousseff. Afirmou que, assim como agora, foi nomeado pela petista por conta do esforço e do trabalho pessoal.

O desembargador ainda negou ser apadrinhado por nomes como o advogado Frederick Wassef.

Lava-Jato e prisão em segunda instância

O magistrado tem preocupado a ala lavajatista do Senado. Por isso, foi questionado sobre o apoio à força-tarefa e à prisão em segunda instância.

Sobre a prisão em segunda instância, disse que a questão precisa ter “fundamentação” e que “cada caso é um caso”.

Quando questionado sobre a Lava-Jato, Marques não citou diretamente a operação e disse que era preciso ter cuidado com excessos e assegurou que é inconcebível pensar que um brasileiro é contra o combate à corrupção.

Sobre a posse e porte de armas, Marques revelou ter o certificado de colecionador esportivo e armas, mas não anda armado.

Meio ambiente

Sobre a questão ambiental ele se mostrou interessado em ajudar, mas ressaltou que o debate deve envolver o desenvolvimento econômico da região, os problemas sociais das populações locais e a soberania brasileira sobre a Amazônia — ponto muito defendido por Bolsonaro.

Avaliação


Para os parlamentares que conversaram com Kassio, ele revelou um perfil tranquilo, coerente com sua formação e independente de posições políticas. O desembargador agradou aos parlamentares, até os que viam sua indicação com mais receio. Segundo os mais críticos, o indicado por Bolsonaro para o STF deverá ser aprovado com certa facilidade.

 

Fonte: Correio Braziliense