O governador Helder Barbalho reuniu-se nesta quarta-feira, 31, com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA) para debater estratégias de geração de empregos para a população paraense. Além dos técnicos do órgão também esteve presente o secretário de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Inocêncio Gasparim.
O diretor-técnico do Dieese no Pará, o economista Roberto Sena, apresentou durante a reunião dados referentes à situação do emprego do Estado, com informações detalhadas por setor e região. Segundo ele, o Pará teve um saldo negativo nos primeiros quatro meses deste ano. Já em maio e junho, dois últimos meses do semestre, houve saldo positivo de empregos, o que foi interpretado como o início de uma reação da economia paraense.
O economista afirmou que em junho foram criados 1.137 novos postos de trabalho, uma tendência que, segundo ele, deve ser mantida no segundo semestre. “Acreditamos que será melhor em função de fatores como a injeção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na economia, que será liberado pelo governo federal, somado ao início do pagamento do décimo terceiro salário, além do Círio de Nazaré. Tudo isso junto faz a roda da economia girar e, com isso, a geração de empregos tende a aumentar”, destacou Sena. Atualmente, o Pará tem cerca de 440 mil desempregados e mais de 1,1 milhão de pessoas na informalidade.
A geração de empregos no interior do Estado, de acordo com a apresentação do Dieese, registrou, durante o primeiro semestre deste ano, o preenchimento de 60% das vagas. A Região Metropolitana de Belém foi responsável por 40%. O técnico Everson Costa, também do Dieese, informou que a proporção sinaliza mudanças. “Isso mostra que o interior do Pará está crescendo, o que é muito diferente do passado, quando a maior parte dos investimentos ficava concentrada na Região Metropolitana de Belém”, analisou.
Os dez municípios, segundo o Departamento, que mais geraram postos de trabalho neste primeiro semestre de 2019 foram Parauapebas (1.784 novas vagas), Castanhal (675), Marabá (641), Santarém (329), Redenção (201), Itaituba (191), Abaetetuba (169), Santana do Araguaia (166), Ulianópolis (126) e Óbidos (119). Já os setores da economia que mais têm absorvido mão de obra, segundo o Dieese, são: indústria de transformação; construção civil; comércio; serviços e agropecuária.
Grupos de trabalho
O governador Helder, de posse das informações apresentadas, determinou que fossem criados subgrupos de trabalho, dentro do conjunto que está discutindo como gerar novos empregos. A próxima reunião ficou marcada para o dia 20 de agosto.
“É fundamental que possamos construir um ambiente adequado para o fortalecimento da nossa economia e a oferta de empregos, aliada à qualificação da mão de obra. Estamos trabalhando ações do governo do Estado, junto com a iniciativa privada, que permitam a ampliação da oferta de emprego em consonância com as vocações regionais”, ressaltou o governador.
Fonte: OLIBERAL.COM