O Ministério da Saúde não vai mais manter um calendário estimativo de entrega de doses de vacina contra covid-19. A mudança foi uma resposta a demandas por informação do jornal O Estado de São Paulo. Com isso, governadores e prefeitos agora vão operar as campanhas de imunização “no escuro” até que seja comunicado que uma nova remessa de vacinas será enviada.
Nos últimos meses, o Ministério da Saúde mudou ao menos cinco vezes os calendários estimativos de entrega de vacinas. Ainda em resposta ao Estadão, a pasta recomenda buscar os prazos diretamente com os fabricantes.
Essa alteração prejudica todos os planejamentos das campanhas de imunização do país. Possivelmente, vão suspender campanhas — várias cidades já suspenderam — e aumentar a angústia da população sobre quando será a próxima etapa. Algo que o ex-ministro Eduardo Pazuello havia tratado com pouco caso ao debochar da “ansiedade por vacinas”.
Pelas projeções iniciais, em fevereiro, o Brasil deveria ter entregue 68 milhões de vacinas até o final de março. Até está quinta-feira (8), o Governo Federal, que retardou a compra de imunizantes por vários meses, entregou pouco mais de 45,2 milhões.
(Da Redação Fato Regional, com informações de O Estado de São Paulo)