sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Ministério da Saúde remove aplicativo que receitava cloroquina e ivermectina para covid-19

Resposta ocorre após questionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), que considerou o aplicativo perigoso e podia resultar em uso de medicamentos sem eficácia contra covid-19 até para bebês
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (Foto: © Tânia Rêgo / Agência Brasil)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) questionou, em nota pública, o porquê de o Ministério da Saúde manter um aplicativo que receitava medicamentos sem eficácia contra covid-19. Havia planos de medicação com hidroxicloroquina e ivermectina, que podem agravar a saúde de pacientes com o coronavírus SARS-CoV-2 ou levar a novos problemas. O app foi lançado em Manaus (AM), há cerca de uma semana. Foi retirado do ar nesta quinta-feira (21).

O aplicativo TrateCov, não só indicava medicamentos sem eficácia. Na nota, o CFM aponta que o app podia ser acessado por qualquer pessoa, mesmo não sendo da área da saúde. E ainda podia induzir à automedicação com remédios que precisam ser administrados de forma muito responsável. Por fim, o conselho apontava a falta de transparência sobre o uso dos dados coletados.

O Ministério da Saúde, em nota, disse que o aplicativo havia sido “invadido e ativado indevidamente”. Apesar da retirada ser feita logo as duras críticas do CFM, a pasta adiantou que a retirada é  “momentânea”. “Informamos que a plataforma TrateCOV foi lançada como um projeto-piloto e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador”.

A retirada ocorre dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos começarem a remover todas as publicações e fotos que faziam defesa da cloroquina e demais medicamentos que eram, erroneamente, apontados como “tratamento precoce” de covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 18, ao aprovar o uso emergencial das vacinas Oxford-AstraZeneca-Fiocruz e Sinovac-Butantan, deixou bem estabelecido: não existe tratamento precoce ou alternativo contra covid-19.


Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, nas últimas entrevistas coletivas, vem evitando falar nesses medicamentos. Nega que, em algum momento, recomendou o uso de hidroxicloroquina ou ivermectina.

(Da Redação Fato Regional)