quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Ministério Público processa Equatorial Energia por cobrança abusiva na zona rural de Parauapebas

Moradores da zona rural pagam pela taxa de iluminação pública sem receber por esse serviço. Ação também prevê pagamento de indenização por danos materiais e morais.
Vista aérea de Parauapebas (Reprodução / MPPA)

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ajuizou uma ação civil pública contra a Equatorial Energia Pará por cobrança indevida a moradores da zona rural de Parauapebas, o sul do estado. A empresa, como apontam denúncias, estaria cobrando por serviços de iluminação pública para pessoas que não recebem esse serviço. A ACP é assinada pela promotora de Justiça Francys Gualhardo Vale.

Pela ACP, o MPPA demanda o fim da cobrança para a zona rural de Parauapebas. E ainda, pagamento de indenização por danos morais e materiais causados aos consumidores. A promotora solicita também que os moradores recebam de volta o dinheiro pago pelo serviço que não recebem ou que seja feita a compensação nas próximas faturas que serão pagas.

Tudo começou com reclamações de moradores da rua Castanheira (região do rio Gelado) e vicinal 03 (estrada Paulo Fonteles), localizadas na zona rural de Parauapebas. Pessoas denunciaram a cobrança indevida pelo serviço de iluminação pública. Uma equipe do Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar (GATI) do MPPA foi aos locais para apurar as denúncias e constatou que lá não há iluminação pública.

As informações obtidas pelo GATI, explica a promotora Francys Gualhardo Vale, “…confirmam, sem sombra de dúvidas, que a empresa vem enriquecendo ilicitamente às expensas dos consumidores rurais do Município, configurando abuso ao consumidor”, argumentou na ação.

Antes de ajuizar a ação, a Promotoria tentou contato com a Equatorial e com o Procon, para verificar possíveis reclamações realizadas ao órgão. A empresa foi oficiada para que explicasse o motivo da cobrança.

No posicionamento enviado ao MPPA, informa a promotoria, a empresa usou artigos revogados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para justificar a cobrança e ignorou a lei municipal que isenta os consumidores da zona rural que não recebem iluminação pública o pagamento desse serviço.


A Redação do Fato Regional entrou em contato com a empresa, para obter um posicionamento e aguarda resposta.

(Da Redação Fato Regional, com informações do MPPA)