segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Ministros da saúde do governo Bolsonaro serão ouvidos na CPI da Pandemia semana que vem

Pela ordem serão: Mandetta, Teich, Pazuello e o atual titular da pasta da saúde federal, Marcelo Queiroga
Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Senadores membros da CPI da Pandemia voltaram a se reunir, nesta quinta-feira (29), para analisarem o plano de trabalho da comissão parlamentar de inquérito. Na semana que vem, todos os ministros da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), do atual aos três anteriores, serão ouvidos.

Os primeiros depoimentos marcados são de Luiz Henrique Mandetta (primeiro ministro da saúde) e Nelson Teich (segundo ministro). Mandetta saiu em meio ao primeiro pico da pandemia de covid-19, no ano passado, após forte pressão e embates com o presidente. Teich assumiu a pasta em 17 de abril e, menos de um mês depois, em 15 de maio, renunciou, após ser desautorizado e quase humilhado por Bolsonaro. Os dois ex-ministros vão depor na terça-feira (4).

Eduardo Pazuello, general do Exército e ministro da Saúde anterior, será ouvido na quarta-feira (5). Durante a pandemia, ele foi o que passou mais tempo no comando da pasta e que enfrentou os principais desafios. Entre eles, a crise de oxigênio no país — iniciada no Amazonas —; a crise da falta de medicamentos do kit intubação; demora na compra e entrega de vacinas; defesa do chamado “tratamento precoce”, que usa medicamentos ineficazes contra a covid-19 e sem respaldo científico; e mais uma série de declarações polêmicas.

Marcelo Queiroga, atual ministro da pasta, tem depoimento marcado para a quinta-feira (6) e deve falar mais sobre o panorama atual. No mesmo dia, Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será ouvido na CPI e deve dar mais informações sobre vacinas e possíveis interferências do Governo Federal sobre a agência reguladora.

Um dos obstáculos que vinha ainda pairando sobre a CPI era a permanência de Renan Calheiros (MDB-AL) como relator. A base governista tentou tirar o senador do cargo e levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Ricardo Lewandowski encerrou a discussão e manteve o parlamentar na relatoria.

Como relator, Renan solicitou duas investigações específicas: um aplicativo digitalmente inseguro do Ministério da Saúde, com recomendação do “kit covid de tratamento precoce”; e a crise sanitária do Amazonas enquanto Pazuello passou vários dias lá.


(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)

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