A Missão Kayapó, um esforço interministerial — Saúde, Justiça e Defesa — de atendimento à saúde indígena em Ourilândia do Norte, no sul do Pará, encerra nesta terça-feira (24). Os profissionais das Forças Armadas conseguiram fazer 6 mil atendimentos, em sete dias de operação. Um dos principais focos era prevenção da covid-19 nas aldeias. E ainda foram entregues 5,2 toneladas de alimentos e produtos de higiene e limpeza.
Para a Missão Kayapó, 26 profissionais de saúde, das três Forças Armadas, integraram a equipe de mais de 60 pessoas, que atenderam as aldeias Turedjam, Kikretum, Kokraimoro, Moikarako, Kubenkrãnkrehn e Gorotire. As comunidades receberam médicos clínicos geral, ginecologistas e obstetrícias, pediatras, veterinários, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de laboratório para exames. Os exames de covid-19 estão sendo analisados para então serem divulgados.
O coordenador administrativo da Missão Kayapó, tenente-coronel Klaus Raylen Tavares Rêgo, disse, em entrevista ao Fato Regional, que os agentes participantes saem da operação transformados pessoal e profissionalmente. A Amazônia, diz ele, é vista como referência sobre a defesa do território. Mas muitos nunca operaram diretamente na região e desconhecem as realidades dessa área. E a realidade percebida foi de que as aldeias estão bem assistidas, com postos de saúde em quase todas as aldeias visitadas e que as condições de saúde da maioria dos povos está boa.
“Por conta da pandemia de covid-19, viu-se a necessidade de suplementação da assistência aos indígenas no Brasil todo, com apoio à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai). Nosso maior desafio foi a diversidade do clima. Pegamos um momento nublado, chuva, mas superamos a dificuldade e fomos a todas as aldeias planejadas para essa missão e fizemos, aproximadamente, 6 mil atendimentos. Um balanço muito positivo. A Missão Kayapó foi um sucesso total”, declarou o tenente-coronel.
(Victor Furtado e Wesley Costa, da Redação Fato Regional)