O Instituto Médico Legal de São Paulo divulgou laudo que aponta como politraumatismo a causa da morte do jornalista Ricardo Boechat, vítima de acidente ocorrido no último dia 11. O helicóptero que o transportava de Campinas a São Paulo, após uma palestra de trabalho, perdeu altitude e colidiu com um caminhão na alça de acesso do Rodoanel com a Rodovia Anhanguera.
Os exames não apontaram a presença de fuligem na traqueia nem nos pulmões de Boechat. Já a dosagem de monóxido de carbono apresentou uma concentração abaixo de 10% de carboxihemoglobina no sangue, o que indica que a morte ocorreu antes da exposição ao gás decorrente da explosão da aeronave. O corpo apresentava sinais claros de traumatismo torácico e abdominal.
Câmeras de segurança da concessionária responsável pelo rodoanel registraram toda a trajetória do helicóptero, que passou entre dois viadutos que ficam sobre a Rodovia Anhanguera até atingir o caminhão na alça de acesso à via. Porém, antes mesmo da colisão, é possível ver uma fumaça preta saindo da aeronave antes de atingir o veículo.
De acordo com o delegado Luiz Hellmeister, titular do 46º Distrito Policial (DP), em Perus, que conduz as investigações, as imagens e os depoimentos de motoristas e pedestres que testemunharam o acidente, demonstram que o jornalista e o piloto – Ronaldo Quattrucci – foram vítimas de uma fatalidade. “O helicóptero teve alguma pane e o piloto tentou um pouso de emergência”, disse. O caso foi registrado como desastre aéreo e morte acidental.
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