A promotora de Justiça, Aline Neiva Alves da Silva, do Ministério Público do Pará (MPE) ofereceu denúncia à Vara Criminal da Comarca, de Paragominas, no sudeste paraense, contra o comerciante Thiago Nunes Dias pelo homicídio qualificado de Marleide Franco Barbalho, em 22 de junho passado, além dos crimes de porte ilegal de arma e embriaguez ao volante.
Segundo a denúncia, a vítima foi morta com dois tiros à queima roupa no momento em que iria fazer exames oftalmológicos, numa ótica em frente a um dos comércios do acusado, no centro da cidade. As circunstâncias do crime são inusitadas porque as informações, até então levantadas, não indicam qualquer relacionamento entre o criminoso e Marleide Franco.
Thiago Dias é conhecido em Paragominas pelos apelidos de ‘’Thiaguinho” e “Crazy Life”, ao cometer o assassinato, ele admitiu à polícia ter adquirido a arma de fogo usada no assassinato há cerca de dois anos na cidade de Imperatriz, do Maranhão. Câmeras de segurança mostram o acusado portando a arma um dia antes do homicídio.
As imagens obtidas também mostram o homicida comprando bebidas num local de nome “Cabelo Bebidas”, em um dos takes, Thiago Nunes exibe a arma para o proprietário do estabelecimento em ‘’uma atitude de soberba e prepotência’’, conforme o inquérito policial.
A promotora Aline Silva afirma que os crimes cometidos pelo assassino não seguem o princípio da consunção, conhecido também como princípio da absorção, aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com existência de um nexo de dependência. De acordo com tal princípio o crime fim absorve o crime meio. Deste forma, Thiago Dias, se a Justiça acolher a denúncia, deverá responder pelos delitos de forma autônoma.
Em Paragominas, o acusado é dono de lanchonete e de outros pontos comerciais, portanto, diversas testemunhas que presenciaram a morte de Marleide o reconheceram, de imediato. A promotora de Justiça Aline Silva solicitou à Comarca de Paragominas a intimação de oito testemunhas.
Depois de assassinar Marleide Franco Barbalho, fugiu dirigindo seu carro embriagado na contramão da avenida Castelo Branco no sentido ao Terminal Velho. No inquérito policial, consta que ele foi encontrado pela polícia já perto da Aurora do Pará, e que no momento de sua prisão, Thiago Dias estava na companhia do pai que o levava à Comarca de Mãe do Rio, com R$ 2 mil, celular, documentos e outros objetos.
Com informações do Ministério Público do Pará