sábado, 18 de maio de 2024

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MP investiga se houve irregularidade na vacinação de políticos e servidores em 11 estados e no DF

No Pará, servidor que não pertence a grupo prioritário e 'furou' a fila da vacinação em Castanhal, é exonerado do cargo
Foto: Ilustrativa

Desde que iniciou a campanha de imunização contra a covid-19 no Brasil, com a CoronaVac, cerca de 11 estados e o Distrito Federal, políticos, empresários e funcionários públicos começaram a receber doses do imunizante mesmo não fazendo parte dos grupos prioritários que foram definidos pelos governos federal e estaduais. Diante disso, o Ministério Público de cada estado investiga se houve irregularidade nas condutas, com a fila de grupos prioritários sendo “furada”.

Nesta quinta-feira, 21, a vacinação nas cidades de Manaus (AM) e Tupã (SP), foram suspensas. Na cidade de Manaus, após denúncias de que duas médicas, parentes de empresários locais, haviam tido preferência na hora da vacinação; e em Tupã, o cancelamento foi devido uma denúncia de que um integrante da irmandade que administra a Santa Casa havia sido vacinado.

A CoronaVac é o único imunizante contra a covid-19 que está disponível no país até o momento e, segundo o Ministério da Saúde, as doses disponíveis da vacinas, 6 milhões, ainda não são suficientes para cobrir todo o grupo prioritário.

De acordo com o Plano Nacional de Imunização, 14,9 milhões de pessoas precisariam ser vacinadas nesta primeira fase. Porém, as doses disponíveis só conseguem imunizar pouco mais de 2,8 milhões.

Diante da pouca quantidade de doses e elevado número de gente na fila, os governos estaduais e municipais passaram a restringir o público-alvo.

Mesmo que as orientações contidas no plano digam que estados e municípios têm autonomia para distribuição das vacinas, para o MP, a irregularidade pode incorrer em crimes de prevaricação (omissão de um agente público), improbidade administrativa e dano coletivo. Sendo assim, quem furar a fila poderá ser detido e pagar multa.

Segundo levantamento, os estados investigados até o momento são: Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal.

No Pará


No município de Castanhal, o servidor público, Laureno Lemos, foi exonerado pela Prefeitura do cargo de diretor administrativo do hospital do município. A demissão aconteceu após ele ter postado, nas redes sociais, uma foto recebendo a vacina contra a covid-19 sem fazer parte do grupo prioritário.

 

Com informações do G1