O Ministério Público Estadual, após ter acesso ao depoimento de testemunhas, investiga o secretário municipal de Saúde de Itupiranga, Wanderil de Jesus Ribeiro Lima, acusado de ter tomado a vacina contra a covid-19 sem estar no grupo prioritário, passando à frente de outras pessoas que deveriam ter sido imunizadas. Ele nega a acusação.
Inicialmente o caso foi investigado pelo delegado Bruno Mesquita, que estava interinamente respondendo pela delegacia municipal de Polícia Civil de Itupiranga. Entre as testemunhas que denunciaram o caso à Polícia, estão servidores da área da saúde.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Itupiranga “em nenhum momento houve ingerência de nossa parte em relação à distribuição, tão pouco com relação à escolha do público-alvo elegível para a aplicação da vacina”.
Punições
Segundo o Governo do Pará, furar a fila – ou seja, ser vacinado sem pertencer aos grupos prioritários – pode ser configurado como crime de infração de medida sanitária e peculato, com a pena máxima prevista de 12 anos de reclusão.
Ainda de acordo com o governo, a pena poderá ser aumentada caso o agente seja funcionário da saúde pública como farmacêutico ou dentista. Em relação aos funcionários públicos que furarem a fila, estes responderão também por improbidade administrativa, diz o governo.
Na primeira fase de imunização contra a covid-19, as doses são destinadas aos profissionais da saúde, pessoas com mais de 60 anos que vivem em lares de longa permanência (asilos) e indígenas aldeados.
Com informações do Correio de Carajás
