sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

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MPF recomenda medidas urgentes para combate à covid-19 em Maracanã

Documento foi enviado ao governo estadual e à prefeitura. Preocupação é com as comunidades ribeirinhas.
A Vila de Algodoal é uma das contempladas pela recomendação do MPF (Oswaldo Forte / O Liberal)

O Ministério Público Federal (MPF) enviou na última sexta-feira (8) recomendação ao governo do Pará e à prefeitura de Maracanã, no nordeste do estado, para que sejam tomadas providências urgentes para evitar a propagação do novo coronavírus entre comunidades ribeirinhas do município e para que eventuais casos de covid-19 entre essas famílias sejam detectados e atendidos de forma rápida e eficiente.

O MPF teve acesso a informações apontam que a Vila de Algodoal conta com somente um posto de saúde para atender a comunidade local e vilas vizinhas, e o posto tem só um médico, que faz atendimentos apenas duas vezes por semana. No posto também há falta de equipamentos e remédios, registram os relatos ao MPF.

Assim que receberem a recomendação, os destinatários terão dez dias para cumprirem as medidas indicadas. Recomendações são instrumentos que servem para alertar os responsáveis sobre a necessidade de providências para resolver uma situação irregular ou que possa levar a alguma irregularidade. Se não forem cumpridas, o MPF pode tomar outras medidas que considerar necessárias, incluindo levar o caso à Justiça.

Medidas recomendadas – Os procuradores da República autores do documento recomendam que o governo estadual e a prefeitura de Maracanã providenciem equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de saúde, leitos hospitalares, ventiladores mecânicos, reanimadores, cilindros de oxigênio, oxímetro, medicamentos e outros recursos materiais e humanos necessários ao atendimento.

Também foi recomendado o estabelecimento de um plano de contingência em saúde para surtos e epidemias, a inclusão dos povos ribeirinhos nos grupos considerados prioritários para imunização contra a gripe, a instalação de equipamentos para que todas as comunidades possam comunicar casos de emergência, e a celebração de contratos com empresas de transporte terrestre, aéreo e fluvial, para remoções de emergência.

O MPF aponta, ainda, a necessidade de fornecimento de alimentos e materiais de higiene, e a promoção de ações assistenciais que assegurem o recebimento de benefícios sociais pelas comunidades, para garantir segurança alimentar e evitar o deslocamento dos ribeirinhos para as cidades.

Outros itens da recomendação indicam a importância de que seja garantida a presença de equipes multidisciplinares de saúde em todas as comunidades ribeirinhas, de que todos os ribeirinhos sejam vacinados contra gripe e que todos os postos de saúde tenham disponíveis medicamentos para o tratamento da influenza e de outras síndromes gripais agudas.


Foi recomendado também que todos os ribeirinhos tenham remoção garantida sempre que a emergência do caso indicar essa necessidade, e que ribeirinhos e profissionais de saúde tenham acesso à informação sobre prevenção, riscos, sintomas e tratamento da covid-19.

 

 

Com informações de O Liberal