Dois irmãos, de 7 e 8 anos, foram internados, no Piauí, após terem consumido cajus possivelmente envenenados. Eles ganharam as frutas de Lucélia Maria da Conceição Silva, de 58 anos, vizinha da família das crianças. Ela é suspeita de envenenar os meninos e foi presa no domingo (25), em Parnaíba. Ela deve responder pelo crime de dupla tentativa de homicídio qualificado. A mulher nega ter feito de propósito. As informações são do G1.
Os dois irmãos foram internados por envenenamento estão em coma e respirando por aparelhos, como informou o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Revoltados, vizinhos e amigos da família dos meninos incendiaram a casa de Lucélia Maria. As suspeitas iniciais da investigação são de que ela estaria irritada com as crianças, que teriam pulado o muro da casa dela para pegar os cajus do pé que fica no quintal. Há relatos de que ela seria agressiva com as vítimas.
Na casa da mulher, antes do incêndio, policiais recolheram um frasco de veneno para ratos (chumbinho), que Lucélia disse só usar para controle de pragas. O saco com os cajus que teriam sido dados às crianças também foi apreendido. Tudo passará por perícia.
“Sob outra ótica, a reiteração de atos contra a vida de crianças não é desprezível, considerando-se o histórico relatado nos autos (lesão corporal com água quente em crianças, por exemplo). Obviamente que as circunstâncias da tentativa de homicídio contra as crianças serão aprofundadas, mas neste momento […], o risco de reiteração de crimes contra crianças impõe a conversão do flagrante em prisão preventiva”, escreveu o juiz, no mandado de prisão contra Lucélia.
A mãe dos meninos relatou à polícia que, na sexta-feira (23), o filho mais velho chegou à casa da família com um saco com cajus, que teria sido oferecido por Lucélia Maria da Conceição Silva. “Ele foi comer os cajus com o irmão e os dois saíram para brincar. Quando o mais novo voltou, disse que estava tonto, se sentindo mole e me pediu para segurá-lo. Eu o segurei e ele estava roxo, com a língua preta, babando e vomitando o caju”, lembrou a mãe.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do G1 Piauí)
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