sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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No Pará, apenas 28% das crianças já foram vacinadas contra poliomielite na campanha nacional

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A campanha de imunização contra poliomielite no Brasil será encerrada no próximo dia 30 de setembro (sexta-feira). No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta sobre a importância da vacina para prevenção da doença, conhecida como paralisia infantil. A meta é imunizar 95% das crianças na faixa etária de 1 a menores de 5 anos, mas até agora o percentual de imunizados no território paraense chegou a apenas 28%.

Dados da Diretoria de Epidemiologia da Sespa apontam, em números absolutos, que desde o começo da campanha nacional de vacinação 159.310 crianças, na faixa etária de 1 a 4 anos, foram imunizadas contra a poliomielite no Pará. A meta no Estado é imunizar 563.670 crianças.
De acordo com Leila Flores, diretora interina de Epidemiologia da Sespa, a vacinação é fundamental para impedir o retorno da doença. “A vacinação é de suma importância para que a gente não tenha a reintrodução do vírus da poliomielite no Estado e nem no País. Nós não temos casos de poliomielite aqui, e ela está erradicada no Brasil. Mas a gente precisa manter as coberturas vacinais altas, adequadas e homogêneas, onde todos os lugares a vacinação tenha a mesma cobertura vacinal, ou seja, acima de 90%, para que a população seja protegida, e assim não correr o risco de ser reintroduzido novamente o vírus da poliomielite, que foi uma doença que deixou muitas gerações marcadas com as deficiências que ela causa. Temos que trabalhar muito para melhorar essa condição, e assim ficarmos livres da doença erradicada no País”, frisou a gestora.
A Sespa é o órgão responsável por coordenar as ações do Programa de Imunização no Pará. Segundo Leila Flores, para que os municípios realizem a vacinação são fornecidos os insumos e imunobiológicos, por meio do Ministério da Saúde. A responsabilidade de executar as ações de imunização é da prefeitura. “Os municípios traçam as estratégias que melhor funcionam para incentivar os pais a vacinarem seus filhos. Esse chamamento e acolhimento para que os pais levem seus filhos para vacinar é responsabilidade das secretarias municipais de Saúde, através das suas salas de vacinação. A vacina é de suma importância para todas as doenças que são prevenidas por vacinas. Todas as crianças que se vacinam, ganham essa proteção contra as doenças que podem ser prevenidas por vacinação”, destacou a diretora interina.
Riscos da doença – A poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus, e em alguns casos pode afetar o sistema nervoso central, causando paralisia dos membros, alterações motoras e podendo causar a morte. O vírus é transmitido de uma pessoa para outra, por meio do contato com secreções e pelo consumo de água ou alimentos contaminados.
Para dar início ao esquema vacinal é preciso ir à UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima da residência. Gabriel Brito, pai de uma criança de 1 ano, fez exatamente isso para garantir a imunização. “O pediatra me indicou levar meu filho para tomar as vacinas, e antes ele me explicou que a poliomielite é uma doença infecciosa que pode causar paralisia na criança, e em alguns casos levar até a morte. Essa vacina pode ajudar milhares de pais a terem um filho saudável. A poliomielite é uma doença que tem a vacina como prevenção. É necessária na vida de um bebê. Vacinem seus filhos, para que ele tenha um desenvolvimento saudável. Hoje nós temos a oportunidade de prevenir. Vacinar é um ato de amor”, reiterou Gabriel Brito.