terça-feira, 30 de abril de 2024

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Norte tem piores coberturas em saneamento e coleta de lixo

Dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Saneamento básico é precário em muitos pontos do Estado (Akira Onuma / O Liberal)

A região Norte ocupa o último lugar no ranking nacional, com 20,8%, quanto a banheiros de uso exclusivo e esgotamento sanitários. O primeiro lugar é da região Sudeste do País, com índice de 88,7%. Na coleta de lixo, o Norte também está no final da fila com 80,4%, ficando o Pará abaixo disso: 78,4%. As informações são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (5).

A pesquisa revela também alumas condições em que o Norte está acima da média, a exemplo, de ter 5,7%, superando a média nacional (de 4,6%) de pessoas que utilizaram alguma prática de saúde integrativa ou complementar. A PNS inclui entre essas práticas tratamentos como acupuntura, homeopatia, uso de plantas medicinais e fitoterapia, auriculoterapia, meditação, yoga entre outras.

A região Norte ainda enfrenta muitos desafios na área da saúde, mas é onde a população recorre mais a tratamentos complementares, como fitoterapia e homeopatia. O Pará também aparece com alta quantidade de pessoas morando na mesma casa e baixos percentuais no acesso a planos de saúde, água encanada, banheiro de uso exclusivo com esgotamento e coleta de lixo. Por outro lado, o estado supera a média nacional no percentual de domicílios cadastrados no programa Saúde da Família, bem como no percentual de gatos e cachorros por domicílio, sendo Belém a capital do Norte que mais vacinou esses animais.

A PNS 2019 resulta de convênio entre o Ministério da Saúde com a parceira da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e retrata aspectos importantes das condições de vidada população que contribuem para sua saúde. Entre os itens pesquisados estão o acesso a planos de saúde, a internações por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), água encanada, esgoto e banheiros de uso exclusivo para cada domicílio, entre muitos outros.

Enquanto a média nacional de pessoas com plano de saúde foi de 28,5%, apenas 14% das pessoas da região Norte tinham planos de saúde em 2019. O Pará ficou com o mesmo percentual da média regional: 14%. Vale lembrar que a cobertura de planos de saúde varia conforme a renda das famílias: no território paraense, somente 1,3% das famílias sem rendimentos até ¼ do salário mínimo per capita tinham plano de saúde. Já entre aquelas com cinco salários mínimos per capita ou mais esse dado sobe para 66,8%.

Na região Norte, a pesquisa mostrou uma alta densidade populacional por domicílio: 3,3, enquanto a média nacional foi de 2,9 pessoas residindo na mesma casa. A lista dos estados com maior densidade apresenta Pará e Maranhão em 4º lugar, com 3,3 moradores em média, somente abaixo do Amapá (3,9), Amazonas (3,6) e Roraima (3,5).

Em termos de rendimentos domiciliares per capita, os resultados foram de 23,3% entre as famílias sem rendimentos até ¼ do salário mínimo e 67,7% entre aquelas com 5 salários mínimos ou mais.

Quanto às internações, no Brasil, 64,6% (8,9 milhões de pessoas) dos que precisaram ficar internados por mais de 24 horas precisaram recorrer ao SUS para esse atendimento. No Norte, foram 76,2% usando o SUS para internações. No Pará, 74,6% do total de internados precisou do SUS.

O Pará ultrapassou também a média nacional (de 60%) na proporção de domicílios cadastrados em unidades do Programa Saúde da Família: 61,3% dos domicílios paraenses. Além disso, 65,4% dos domicílios no Pará receberam visita de agentes de combate a endemias (dengue, por exemplo), enquanto a média nacional foi de 64,3%.

Na proporção de domicílios com algum cachorro ou gato o Pará também superou a média nacional: 50,2% para a existência de cachorro (enquanto a média nacional foi de 46,1%) e 26,4% para gatos (média nacional: 19,3%). Já na proporção de domicílios com algum cachorro ou gato em que esses animais foram vacinados contra raiva, o Pará alcançou 62,6%, enquanto a média nacional foi de 72%. Porém, em Belém, esse dado chega a 80,3%, a maior proporção entre as capitais da região Norte.


A PNS 2019 teve sua coleta realizada em todas as unidades da federação, de forma presencial, entre os meses de agosto de 2019 até meados de fevereiro de 2020. A pesquisa está disponível para o público em geral no site do IBGE: o www.ibge.gov.br.

 

 

Fonte: O Liberal