Uma organização criminosa, investigada por estelionato e lavagem de dinheiro no Sul do Pará, foi alvo de uma grande operação da Polícia Civil, deflagrada nesta sexta-feira (29). A força-tarefa “Solerte (Ardiloso)” uniu delegacias e divisões especializadas vinculadas à Superintendência Regional do Araguaia Paraense, sob a coordenação do delegado Luiz Antônio Ferreira, e mobilizando policiais de Redenção, Marabá, Conceição do Araguaia e Parauapebas.
Foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão contra os suspeitos de integrar a organização criminosa, conhecidos investidores e “coachs” que usam as redes sociais para divulgar conteúdos sobre investimentos, assessoria financeira, autoajuda e ostentar elevados padrões de vida. A investigação tem caráter sigiloso e entre os poucos dados aos quais o Fato Regional teve acesso sobre a operação está que o grupo causou grandes prejuízos a um homem humilde e que havia ganhado na loteria. Foram bloqueados cerca de R$ 1 milhão em bens dos investigados.
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As investigações, como explica o delegado Luiz Antônio, coordenador da operação “Solerte (Ardiloso)”, começaram em 2022. Um idoso de Conceição do Araguaia havia ganhado um prêmio milionário e sonhou em deixar a vida humilde e de pobreza para trás. Ele acabou sendo abordado pela organização, que fez diversas promessas de multiplicar o dinheiro do prêmio. Mas, gradativamente, fez ele perder praticamente tudo. Quando ele quis sair, foi ameaçado.
A vítima foi atendida por advogados de Redenção, que então registraram a ocorrência. Os suspeitos são de Parauapebas, mas têm endereços relacionados em Conceição do Araguaia e em Redenção, locais, onde os mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos. Foram apreendidos R$ 8.365,00 em espécie, relógios de marcas caras, joias de ouro, 1 pistola G2C com 3 carregadores (possivelmente a usada para ameaçar a vítima), 29 munições 9mm, 1 rifle de pressão, folhas de cheques, computadores e celulares e uma motocicleta Honda CB1000 avaliada em mais de R$ 150 mil.
“O inquérito policial segue em andamento e os objetos apreendidos serão encaminhados para a perícia técnica da Polícia Científica do Estado do Pará, e posteriormente para ao final de outras diligências que se farão necessárias, finalizar o procedimento policial”, explicou o delegado Luiz Antônio. Por ora, ninguém foi preso. As investigações podem levar a novas vítimas e descoberta de novos crimes.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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