Na manhã desta quarta-feira, 20, a Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte, sul do Pará, através da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou a Campanha de Vacinação contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O município recebeu na manhã de ontem, 19, as doses da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a chinesa Sinovac.
Nesta primeira fase da vacinação, serão imunizados, conforme determinação do Plano de Imunização Nacional (PIN) do Ministério da Saúde, profissionais da saúde, idosos a partir de 60 anos que residam em lares de longa permanência e indígenas aldeados.
Em Ourilândia, o primeiro a se vacinar foi Raimundo Martins, 59 anos, enfermeiro. “Eu dou total apoio às pessoas para se vacinarem. Isso é muito importante e, se Deus quiser, a partir de agora, vamos todos ficar bem e seguir na luta contra esse vírus”, destaca o profissional.
Seguindo a sequência de vacinação, a segunda pessoa a ser imunizada foi a técnica em enfermagem, Maria de Fátima, 61 anos.
Conforme o cronograma do Governo Federal e Estadual, a primeira fase da Imunização contra a covid-19, atenderá a população indígena que vivem em aldeias. E, em Ourilândia, o primeiro indígena a ser vacinado foi Motete kayapo, 33 anos, cacique da aldeia Kedjerekrãn. “Me vacinei, pois é importante para a nossa comunidade saber que isso vai nos salvar. Ainda sentimos falta dos que já partiram, agora, vamos sentar com os demais caciques para falar sobre a vacinação e a importância que todos participem”.
Para o prefeito Dr. Júlio César, o momento é de esperança. “Sem dúvida o momento é extrema alegria e esperança. Estamos há meses enfrentando uma luta contra um vírus que já matou muita gente, já nos trancou em casa, nos tirou do convívio com nossos familiares, amigos e demais. Agora, se Deus quiser, venceremos essa batalha e não teremos mais que chorar nenhuma perda”, destaca.
Sobre a CoronaVac
A CoronaVac é um imunizante da chinesa Sinovac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Segundo o Instituto, em termos de eficácia global, para todos os casos, a vacina atende 50,38%. Em outras palavras, uma pessoa que foi vacinada e é exposta ao vírus, tem o dobro de chances de contrair a covid-19, diferente de alguém que foi vacinado.
“É muito importante para nós que trabalhamos com a saúde ver nosso povo sendo imunizado. Isso é uma importante conquista para os usuários do SUS e sem dúvida vamos vencer essa batalha”, reforça a secretária municipal de Saúde, Janaína Pereira, ao falar sobre a vacinação e vacina produzida no Brasil.
Quando se fala em eficácia contra sintomas da doença, a CoronaVac atingiu 78%. Ou seja, dos vacinados que tiveram a doença, 78% não precisaram de assistência médica.
Com relação a casos graves ou moderados da doença, a eficácia foi de 100%. Com isso, entre as pessoas vacinadas e infectadas, nenhuma precisou de internação hospitalar ou ficou em estado grave.
Da Redação Fato Regional