Atualizada às 22h15
O protesto na PA-279, em Ourilândia do Norte, sudeste paraense, em frente ao Aeroporto Municipal, segue em andamento. Os garimpeiros liberam a via de 12 em 12 horas. Na madrugada do dia 29, a via será liberada por volta das 2h da manhã, sendo meia hora para cada lado da pista. Somente ambulâncias e viaturas da Polícia podem passar livremente. Além disso, a Polícia Militar está no local garantindo a segurança de todos, manifestantes e motoristas.
Ainda de acordo com os organizadores, a alimentação do grupo de manifestantes que seguem acampados no local e a água, está sendo garantida.
O protesto
Com exclusividade a equipe de reportagem do Portal Fato Regional, acompanhou o protesto e ouviu a manifestação dos garimpeiros de Ourilândia do Norte que, decidiu, na tarde desta segunda-feira, 28, fechar parte da PA-279, em protesto a uma fiscalização realizada pelo IBAMA na região. Os garimpeiros querem a legalização das áreas via PLG (Permissão de Lavra Garimpeira) no município e região. A PA permanecerá fechada até segunda ordem. Os manifestantes irão decidir, de quanto em quanto tempo, a rodovia será liberada para passagem de veículos. Lembrando que ambulâncias e viaturas da Polícia estão sendo liberadas normalmente.
“Nós queremos que o Governo Federal nos ouça e, de uma vez, legalize nossas áreas, porque não é justo nós estamos trabalhando e depois ter que sairmos das área as pressas diante de cada operação que eles realizam. Não vamos sair daqui até que eles nos ouçam”, comenta um dos organizadores da manifestação que não quis ser identificado.
Cerca de 2 mil garimpeiros estão no protesto. Ao todo, 10 mil garimpeiros existem nos municípios que compreendem a PA-279 (São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Tucumã, Redenção e Xinguara).
Ainda de acordo com a organização do ato, o objetivo é legalizar áreas brancas, ou seja, fora de terras indígenas, para que eles vivam de forma mais digna. “Geramos emprego e renda, fomenta a região, e estamos cansados de correr da polícia, do Ibama, PRF, isso não é vida. Queremos uma solução do presidente Bolsonaro e do ministro de Minas e Energia, da Casa Civil e, Meio Ambiente, para que tenhamos segurança no trabalho”, finaliza.
Da Redação Fato Regional
Fotos: Wesley Costa (Fato Regional)