sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Padrasto batia na cabeça de criança para desacordá-la e cometer violência sexual

A titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que também trata de crimes contra a Infância e Adolescência, delegada Ana Carolina Abreu, concluiu o inquérito policial que apura os crimes cometidos contra a bebê de um ano e oito meses, morta em Parauapebas pelo padrastro e encaminhou o documento à Justiça para que o Ministério Público formalize a denúncia.

A peça policial confirma a prática dos crimes de abuso sexual e espancamento por Deyvyd Renato Oliveira Brito, de 31 anos, com o consentimento da mãe, Irislene da Silva Miranda, 28. Ambos estão presos e devem ir ao Tribunal do Júri.

Segundo a delegada Ana Carolina Abreu, a criança passou por diversas sessões de tortura até que na noite do dia 7, ela morreu devido uma forte pancada na cabeça. “Mesmo com o laudo parcial da necropsia, podemos concluir que a criança morreu por traumatismo crânio-encefálico”, disse a delegada.

A delegada relatou detalhes das investigações, como o fato de um vizinho ter ouvido o choro da criança no dia do crime, no momento em que a mãe disse, em depoimento, que havia ido comprar carne. Segundo Ana Carolina, as imagens das câmeras de monitoramento do comércio em que Irislene afirmou ter estado não a mostram no estabelecimento em momento algum. Ou seja, ela esteve em casa o tempo todo.

O laudo aponta, segundo a delegada, que o “número de hematomas na cabeça da menina era assustador”, o que leva a polícia supor que o padrasto, todas as vezes que ia abusar sexualmente da criança, dava uma pancada na cabeça dela, para que a garota desmaiasse.

Com a vítima indefesa, ele cometia o estupro. Assim, ela não choraria nem gritaria, evitando que chamasse atenção dos vizinhos.  “Entretanto, na última pancada ela morreu. Ou a pancada foi mais forte ou morreu por causa da quantidade de lesões anteriores.

“Corroborando com essa linha, primeiro eles se preocuparam em lavar a parte íntima da criança, para não causar suspeita no hospital”, conta Ana Carolina, afirmando que encontrou a calcinha da menina suja de sangue no varal. “Primeiro, eles vão pedir água na casa do vizinho, pois na casa deles não havia água encanada. Depois ele retorna e pede álcool, para passar provavelmente no nariz da criança para que ela retomasse os sentidos. Quando viram que a criança não ia voltar [à consciência], levaram ao hospital. As outras marcas de hematoma, me levaram a concluir que essa criança era torturada, agredida, o que pode ter acontecido nos rituais. Entretanto, a morte não ocorreu em ritual, ocorreu realmente de pancada, para que ela desmaiasse e não chorasse, não gritasse e não chamasse atenção dos vizinhos, durante a violência sexual”, reiterou a delegada.

Durante todo o tempo, a mãe esteve na casa no dia do último abuso. Os vizinhos contam que [em outra ocasião] durante 15 dias não viram a criança. Ela recebeu uma pancada tão forte e causou um hematoma muito grande. E só saiu de casa quando sarou”, conclui a titular da Deam.

Revolta vez vizinhos atearem fogo na casa onde o casal morava

A casa em que morava Deyvyd Renato Oliveira Brito, acusado de ter estuprado e morto sua enteada, de apenas um ano e oito meses de idade, em Parauapebas, no sudeste do Pará, foi incendiada na tarde da terça-feira (14). A dona do imóvel, Lucivanir Ribeiro, foi reclamar seu prejuízo na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, da cidade, nesta quarta-feira (15).

A residência fica na Rua Axixá, no bairro Liberdade II, e Lucivanir Ribeiro contou que alugou o imóvel, há menos de dois meses, para Deyvyd Brito e Irislene da Silva Miranda, mãe da criança Emanuelly Miranda Correia, torturada e assassinada no dia 7 deste mês.

Lucivanir disse que morou por dez anos com sua família na residência até que mudou-se para outro bairro, após a morte do pai dela. Ela afirmou ter ficado arrasada ao saber do assassinato da criança, e considerou o feito um ”crime bárbaro”. Lucivanir disse saber quem tocou foco no seu imóvel mas essa informação não foi repassada à imprensa. Ela disse que cobrará por seu direito de indenização.


O imóvel estava alugado por R$ 100. ”Era um patrimônio do meu pai, construído com sacrifício. “Quando cheguei (na terça-feira), os bombeiros já haviam dominado o fogo, mas, só a frente ficou inteira, o resto são destroços”, lamentou Lucivanir.

 

 

Fonte: O Liberal