sábado, 23 de novembro de 2024

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Palmeiras fará estudo para definir se é necessário reduzir salário do elenco

Jogadores receberão 20 dias de férias a partir do dia 1 e o salário integral de março, mas análise profunda sobre impacto econômico da pausa definirá nova proposta aos atletas

Diante da dificuldade para um acordo envolvendo todas as equipes das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro, a Comissão Nacional de Clubes (CNC) definiu que dará férias coletivas de 20 dias aos jogadores, a partir do próximo dia 1, com cada diretoria negociando individualmente a possibilidade de redução salarial com cada elenco. No Palmeiras, qualquer proposta aos jogadores sairá do papel somente no mês que vem.

O Verdão definiu que pagará integralmente o salário de março. Durante as férias coletivas dos atletas, entre 1 e 20 de abril, fará estudo para avaliar o impacto econômico que o clube sofrerá por conta dessa paralisação, ainda por tempo indeterminado, devido à pandemia do coronavírus. A partir daí, será definido que passo dar, inclusive em relação aos salários do elenco. Não está descartado que eles sejam procurados somente quando acabarem as férias.

Mauricio Galiotte é um dos membros mais atuantes da Comissão Nacional de Clubes e está ciente das dificuldades que enfrentará na negociação com os jogadores. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), antes da reunião dos clubes na quinta-feira, já tinha feito contraproposta rejeitando qualquer redução salarial. Assim, não foi possível um acordo nacional, mas a conversa particular pode ajudar o Verdão.

O estudo mais abrangente em abril pode ocorrer ao longo da construção de cenário com menos incertezas. Dentro da previsão do Ministério da Saúde, será possível enxergar, no mês que vem, o grau de contaminação do coronavírus que o Brasil deve enfrentar, indicando quando o surto deve diminuir a ponto de o futebol voltar com menos risco de contágio a todos os envolvidos.

Ao mesmo tempo, novidades no fator econômico podem ocorrer. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) já informou o adiantamento de 60% da cota para clubes que estão na Libertadores, o que, para o Palmeiras, significa cerca de US$ 1,8 milhão (mais de R$ 9 milhões). Além disso, não está descartada a chance de ajuda financeira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Ainda na questão financeira, porém, existe projeção para o futuro, quando a pandemia passar. O Palmeiras prometeu a seus sócios-torcedores e aos associados do clube que, o que for desembolsado em período sem jogos e com a sede social fechada, será usado como crédito a partir da normalização da situação. Ainda assim, principalmente sócios-torcedores podem abrir mão de pagamentos, fora a queda de faturamento sem bilheterias das partidas.


Tudo isso será analisado e concluído em abril, para o Palmeiras ter uma noção melhor de suas finanças, avaliando, também, ambientes diferentes, como a possibilidade de a paralisação se alongar diante do que ocorrer no Brasil. Na apresentação da proposta aos jogadores, ao menos, o Verdão tem a seu favor o fato de costumar pagar os salários em dia, e o perfil apaziguador de Galiotte.

 

 

Fonte: LANCE!