sexta-feira, 22 de novembro de 2024

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Pará concentra 64% dos casos de sarampo do Brasil

Isso faz do estado o epicentro da doença. Problema pode ter se amplificado devido à baixa cobertura vacinal deste ano.
(Foto: Marco Santos / Agência Pará)

O Pará concentra, atualmente, 64% do total de casos de sarampo do Brasil. É o novo epicentro da doença. Os dados são confirmados, com preocupação, pelo Ministério da Saúde — que emitiu um alerta de surto — e pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). Um dos principais gatilhos para essa situação é a baixa cobertura vacinal.

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que, entre 29 de dezembro de 2019 e 17 de novembro deste ano, o Brasil teve 8.217 casos e sete mortes por sarampo. Só o Pará concentrou 5.294 casos e cinco mortes.


O Brasil todo teve problemas com vacinas para todas as doenças. Parte disso se deu pela pandemia de covid-19, que afastou a população dos postos, onde a vacina é gratuita. A população recebe uma dose ainda na infância e deve receber um reforço na idade adulta. Mas muita gente não toma essa segunda dose. E há uma cultura sem fundamento contra vacinas.

Em nível nacional, a vacinação chegou a 29% da população. O Pará ficou abaixo da média nacional, com 25%. O Brasil já teve o título de um país que erradicou o sarampo. Porém, desde o início da crise com refugiados venezuelanos, em 2018, a doença voltou e encontrou uma população relaxada.

A vacinação é a única forma de prevenção contra o sarampo e é recomendada, de acordo com o Ministério da Saúde, para pessoas de seis meses a 49 anos. Todas as pessoas, dentro da faixa etária que não tiverem a comprovação da vacinação, devem procurar o serviço de saúde para receber a imunização.
A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes (taxa de 1 para 18). A transmissão pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo, principal sintoma.
Outros sintomas são tosse, coriza, febre e mal-estar intenso. As complicações costumam ser pneumonia, otite aguda e encefalite aguda. O vírus compromete a memória imunológica do organismo e abre porta para outras doenças que podem matar.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)