Pará deve ser o 3º estado do Brasil que mais vai crescer em 2025 devido à COP30, aponta pesquisa

A partir do legado da COP30 no Pará, investimentos estratégicos devem acelerar o crescimento da economia, como expansão da mineração, melhorias na infraestrutura logística, bioeconomia, energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, comércio exterior e turismo.
Belém, sede da COP30 e capital do Pará, o estado que deve ter o 3º maior crescimento econômico do Brasil (Foto: Raphael Luz / Agência Pará)

O Pará, sede da COP30, tem uma das melhores projeções de crescimento do Brasil para 2025. Estimativas da Tendência Consultorias Econômicas mostram que o estado pode crescer 3,5%, indo bem acima da média nacional prevista de 2%. A realização do evento global, somada às expectativas de resultados do PIB paraense advindo do agronegócio e da mineração, é o que vai impulsionar a economia estadual.

Pelas análises do Governo do Pará, do Governo Federal e pesquisas econômicas, o estado já responde por 41,4% do PIB da região da Amazônia brasileira. E nos últimos anos, tem estado em posição de destaque na balança comercial, na geração de empregos. Dois dos principais setores que devem ser impulsionados são o de Comércio e Serviços, que estão intimamente ligados à realização da COP30, em novembro deste ano, em Belém.

Um agro diversificado, com o segundo maior rebanho bovino do Brasil e expansão de diferentes culturas é um forte ativo de desenvolvimento da economia paraense (Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará)

“O Pará terá sua visibilidade aumentada no cenário nacional e internacional, o que abre portas para novos investimentos em energia limpa, agricultura sustentável, ecoturismo e, especialmente, infraestrutura. Já contamos com mais de 4 bilhões em investimentos na infraestrutura viária, na melhoria da rede hoteleira e de pontos turísticos, o que gera empregos e movimenta a economia”, analisa a economista Renata Novaes.

Comércio e Serviços, aliados ao Turismo e diferentes investimentos, terão fortes impulsos com a COP30 (Foto: Marcelo Lélis / Agência Pará)

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) projeta o crescimento da economia em 3,3%, pouco abaixo do estudo da Tendência Consultorias Econômicas. Investimentos estratégicos devem acelerar esse aumento, como expansão da mineração, melhorias na infraestrutura logística, bioeconomia — uma das principais vocações econômicas defendidas pelo Governo do Pará —, energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, comércio exterior e turismo.

A usina Onça Puma, em Ourilândia do Norte, no sul do Pará, especializada na produção de níquel e que emprega mais de 1,9 mil trabalhadores diretamente na exploração de uma das maiores reservas de níquel, em meio a uma das maiores províncias minerais do mundo (Foto: Wesley Costa / Fato Regional / Arquivo)

“O Pará, nos últimos 5 anos, na gestão do governador Helder Barbalho (MDB), vem investindo fortemente em um equilíbrio entre a produção e a conservação da floresta. O estado se destaca não só no crescimento de suas vocações naturais, mas também nos serviços ecossistêmicos e no crédito de carbono, que são cadeias produtivas as quais, cada dia mais, consolidam-se e ganham espaço”, destaca o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

Na avaliação de Marcel Botelho, o Pará possui uma economia diversificada. Ele cita um agronegócio pujante, com o 2º maior rebanho do Brasil; expansão da produção de soja, milho e outros produtos da agricultura e agroflorestais, como açaí e o cacau. A mineração se beneficia de uma das maiores províncias minerais do mundo, com a maior jazida de ferro. Com tudo isso o crescimento do Pará, a partir da COP30, pode ser um destaque econômico nacional.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Secom)


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