Pelo quarto mês consecutivo, o Pará registou crescimento na geração de empregos formais. Em outubro, o saldo positivo foi de mais de 3 mil postos de trabalho no setor do comércio. Os dados são do novo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Estado do Pará (Dieese-PA), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. A pesquisa é feita em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
O novo balanço mostra que, em outubro, foram feitas 8.631 admissões e 5.452 desligamentos. Isso representa um saldo positivo de 3.179 postos de trabalhos em todo o Pará. No mesmo período do ano passado, o setor comércio também apresentou saldo positivo de empregos formais, só que menor do que neste ano: foram 6.921 contratações e 5.704 desligamentos, gerando 1.217 novas vagas.
Everson Costa, técnico do Dieese-PA, explica que a maioria dos estados brasileiros sofreu o enfraquecimento da economia diante da pandemia da covid-19. Mesmo assim, o Pará segue apresentando bons resultados e se destacando neste período de retomada.
“O comércio teve perdas enormes ao longo de 2020. Praticamente todo o calendário de vendas sofreu restrições. Consequentemente, veio o aumento do desemprego, a baixa renda e o fechamento de atividades, o que fez com que a circulação de recursos fosse bem diminuta. Analisando o quadro da empregabilidade, até o mês de outubro, o setor comércio vem atingindo bons resultados e o Pará segue se destacando neste processo de retomada da economia. Dentro da região Norte, foi o Estado que mais gerou empregos dentro deste setor”, destacou Everson
Resultados positivos são fruto de investimentos
Os resultados também foram possíveis com ações de várias secretarias de governo. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) fomentou empregos através da geração de novos postos de trabalho.
“Conseguimos fazer isso apoiando o setor produtivo e o comércio, principalmente através das políticas como o Programa Fundo Esperança, que durante a pior fase pandêmica, ajudou os pequenos empreendedores a manter suas empresas funcionando e, por conseguinte, a manter os postos de trabalho. Além disso, um outro indutor de emprego e renda é o crédito do produtor, que ajuda as empresas a crescerem, garantindo o desenvolvimento do Estado e a geração de postos de trabalho”, declarou Carlos Ledo, titular da Sedeme.
O secretário elencou ainda a injeção de recursos por parte do governo do Estado, a antecipação do pagamento do décimo terceiro e o incentivo a políticas públicas de qualificação e empregabilidade, que também foram ações fundamentais para o alcance do resultado.
Na avaliação do titular da Seaster, Inocencio Gasparim, o estado do Pará tem um grande potencial na atividade econômica, seja na indústria, na construção civil.
“O governo do Estado concluirá 2020 com mais de R$ 1 bilhão em investimentos feitos em infraestrutura rodoviária, isso significa a circulação de recursos, o desenvolvimento dos municípios e das regionais, ações fundamentais para que o setor comércio alcançasse outros patamares de faturamento e empregabilidade” – Inocencio Gasparim, titular da Seaster.
Por ações da Seaster, o Governo também incentiva políticas públicas de qualificação e empregabilidade, com a manutenção de 31 postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em diversos municípios paraenses, além de coordenar um conjunto de ações que compõem o Programa de Qualificação Social e Profissional. Neste ano, o programa já certificou mais de 300 pessoas em diversos cursos profissionalizantes, entre eles o de vendedor varejista.
(Da Redação Fato Regional, com informações da Agência Pará)