sexta-feira, 3 de maio de 2024

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

FALE COM FATO REGIONAL

Envie Notícias, Fotos e Sugestões

Pará é líder na produção de cacau. Tucumã está entre três maiores produtores.

Liderança paraense no cultivo de cacau chega ao segundo ano consecutivo
(Foto: Divulgação / Agência Pará)

Mais da metade do cacau produzido no Brasil é paraense. Em 2020, a produção do fruto no Pará foi de 144.663 toneladas, o equivalente a 52% da produção nacional. Em 2019, o Estado produziu 130 mil toneladas contra as 105 mil produzidas na Bahia, que segue na vice-liderança pelo segundo ano consecutivo.

O cultivo do cacau no Estado é acompanhado pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), responsável pelo planejamento e execução de atividades que promovam a sanidade e a qualidade da produção agrícola. Cerca de 30 mil produtores atuam com a cacauicultura no Estado, em 29 municípios. Medicilândia, Tucumã e Tomé-açu lideram o ranking de produção paraense.

A liderança paraense no setor cacaueiro começou a ser desenhada nos últimos anos, quando a diferença entre a safra do Pará e a da Bahia reduziu. E a vantagem da Bahia era larga, entre 40% e 50%. Em 2015, a Bahia foi a responsável por 158 mil toneladas contra 106 mil do Pará. Em 2016, foram 116 mil toneladas da Bahia e 86 mil dos paraenses.

Por conta da importância do fruto na economia paraense, a Adepará possui um programa constante na Gerência de Pragas Quarentenária que tem como meta, estabelecer os procedimentos operacionais para aplicação de medidas preventivas e emergenciais, por meio do monitoramento de pragas do cacau, trabalho que contribui para o desenvolvimento sustentável e competitivo do agronegócio no Pará.

Criado em 2012 — a partir da Instrução Normativa Nº 13, de 17 de maio de 2012, que estabelece o Plano de Contingência de Monilíase (Moniliophthora roreri) do Cacaueiro — o programa tem entre os objetivos realizar, anualmente, o levantamento de detecção para a praga quarentenária Moniliophitora roreri, vulgarmente conhecida como monilíase do cacaueiro. É ima praga presente em países sulamericanos limítrofes do Brasil, como Peru, Bolívia, Colômbia e Venezuela.

“O Programa do Cacau realiza um trabalho educativo e preventivo junto aos cacauicultores, com o objetivo de proteger a produção da monilíase. A Adepará, inclusive, é a única agência de defesa do Brasil que esteve no Peru promovendo a capacitação de seus técnicos para identificação precoce e combate a esta praga”, detalha o engenheiro agrônomo Euclides Holanda, responsável pelo Programa do Cacau da Adepará.

Ele explica que o trabalho da defesa vegetal envolve um conjunto de ações fitossanitárias, que incluem prevenção e controle da praga que ainda não chegou ao Brasil por meio do levantamento das áreas com cacau e cupuaçu, sejam elas produtivas ou não.

“Fazemos a inspeção das propriedades com o objetivo de assegurar a ausência da praga e de agirmos de forma mais rápida e eficiente possível, quando ela chegar. Hoje trabalhamos para evitar que esta praga chegue no Pará, mas se ela chegar, quando chegar, estaremos prontos para agir”, assegura Euclides.

Produtores precisam ficar atentos a praga

O gerente de defesa vegetal da Adepará, Rafael Haber, alerta que a praga tem um alto poder de propagação e por isso o produtor rural deve ficar alerta aos sinais de infecção do plantio, uma vez que há barreiras sanitárias que impedem a comercialização de frutos originários de áreas onde há a ocorrência de pragas como a moniliase do cacaueiro.

“É muito importante que o produtor informe a Adepará de seu município sempre que suspeitar que há ocorrência de praga em sua propriedade. A intervenção protege não apenas aquela lavoura, mas é vital para a economia do Estado”, alerta.


Os endereços e telefones das unidades Adepará estão disponíveis no site da Agência.

(Fonte: Aycha Nunes, da Adepará, com edição de Victor Furtado, da Redação Fato Regional)