O Pará é o estado da Região Norte que mais contratou Jovens Aprendizes em 2022, atesta o estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-Pará), divulgado nesta quarta-feira (22). O resultado positivo se deve às ações desenvolvidas pelo governo do Estado voltadas à capacitação profissional e à inserção no mercado de trabalho, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
Entre os meses de janeiro e dezembro de 2022 foram registradas 10.453 contratações formais, cerca de 10% a mais em comparação ao que foi registrado no ano anterior – 9.501.
“O ‘Jovem Aprendiz’ é um programa muito valioso para o início da carreira profissional desses jovens. Esse número é muito significativo, em que pese os reflexos do período da pandemia. Mesmo assim, foram 10% maior que o ano anterior. Esse programa também é auxiliado pelo Programa Primeiro Ofício, que oportuniza aos jovens aprendizes paraenses a experiência profissional no mercado do trabalho”, frisou Inocêncio Gasparim, titular da Seaster.
A pesquisa ainda aponta que, do total de jovens contratados, 5.187 eram do gênero masculino, equivalente a 49,6%, enquanto 5.266 eram do gênero feminino, cerca de 50,4%.
Em toda a região Norte foram admitidos 25.621 jovens aprendizes, com destaque para o Pará, equivalente a 40,5%; seguido do estado do Amazonas, com 7.002 jovens admitidos, cerca de 27,3%, e Rondônia, com a contratação de 3.357, número que equivale a 13,1%.
O setor responsável pelo maior número de contratações neste período foi o Comércio, com 3.218 contratações, correspondendo a 30,8% do total. Em seguida estão o setor de Serviços com a contratação de 2.603 jovens, o equivalente a cerca de 24,9%, e o da Indústria, com 2.594 contratados, cerca de 24,8%.
Oportunidade – Uma das iniciativas do governo é o Programa Primeiro Ofício, que garante oportunidade de aprendizagem a jovens de 14 a 24 anos que se encontram em situação de vulnerabilidade social. “Estou mais preparado para o mercado de trabalho. A oportunidade que tive foi no supermercado Formosa, onde passei 11 meses. Aprendi nos vários setores do local. Isso também me ajudou financeiramente”, conta Yan Ribeiro, contratado pelo Programa Primeiro Ofício.
A pesquisa é resultado do projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, feito em parceria pelo Dieese e a Seaster. Os dados analisados baseiam-se nas informações oficiais do Ministério do Trabalho, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas não incluem as ocupações informais.
