Na tentativa de garantir a aprovação da PEC dos Precatórios, o governo federal iniciou uma ofensiva sobre o MDB, partido em cuja administração foi criado o teto de gastos.
Na votação da madrugada desta quinta-feira (4), a maioria da bancada da sigla na Câmara dos Deputados votou contra ou se ausentou na análise da proposta que prevê a antecipação da revisão da regra de âncora fiscal.
No partido, apenas 11 dos 34 deputados federais votaram a favor da proposta. O líder da sigla, Isnaldo Bulhões Júnior (AL), se posicionou contra. No Senado Federal, a legenda detém a bancada mais numerosa, com 15 parlamentares.
Na madrugada desta quinta-feira (4), a articulação política do Palácio do Planalto entrou em contato com deputados federais do partido na tentativa de reverter votos para a votação do segundo turno da proposta, esperada para a próxima terça-feira (9).
Houve sinalização de antecipação da liberação de emendas parlamentares programadas para este ano.
Para a votação no Senado Federal, cuja expectativa é de que a tramitação seja mais difícil, assessores do governo têm defendido que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) busque o apoio do ex-presidente Michel Temer.
Nesta quinta-feira (4), integrantes da base aliada viram com preocupação o anúncio feito por Ciro Gomes de suspender a sua pré-campanha à sucessão presidencial diante do posicionamento da bancada federal do PDT.
Ao todo, 15 dos 24 deputados federais do partido votaram a favor da PEC dos Precatórios. O receio é de que um movimento do ex-governador do Ceará contra a iniciativa possa desidratar a votação da iniciativa em um segundo turno.
A proposta foi aprovada na madrugada desta quinta-feira (4) com 312 votos. O mínimo necessário para aprová-la era 308, um placar considerado apertado.
Fonte: CNN Brasil