Pará já registrou 19 casos de Mpox neste ano; Secretarias de Saúde afirmam não existir surto da doença no estado

No Estado, em 2025, até 23 de abril, foram confirmados 19 casos, sendo 14 em Belém, 3 em Ananindeua, 1 em Marituba e 1 caso importado; em 2024, foram 64 casos, sem mortes; e em 2023, o Pará registrou 27 casos de Mpox, com um óbito em Belém. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não tem confirmações de morte pela doença desde abril de 2023.
No período de incubação o quadro clínico inicia após 7 a 14 dias do contato, podendo variar de 5 a 21 dias. (Foto: MS)

No Pará, em 2025, até 23 de abril, foram confirmados 19 casos, sendo 14 em Belém, 3 em Ananindeua, 1 em Marituba e 1 caso importado; em 2024, foram 64 casos, sem mortes; e em 2023, o Pará registrou 27 casos de Mpox, com um óbito em Belém. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não tem confirmações de morte pela doença desde abril de 2023.

Um caso de morte recente é investigado pelos órgãos federal, estadual e municipal de saúde. Ocorreu em Belém, capital paraense, e envolve o cantor de forró Augusto Neto, conhecido como Gutto Xibatada, de 39 anos.

Durante coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (29) a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) afirmaram que o Pará não apresenta surto de Mpox.

As autoridades reforçaram que o Governo do Pará e a Prefeitura de Belém estão alinhados e comprometidos em fortalecer as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença em todo o Estado.

O ponto mais importante destacado foi tranquilizar a população de que não há surto de Mpox oficialmente reconhecido em Belém ou no Pará.

“É oportuno tranquilizar a população de que não há surto de Mpox tanto em Belém e em todo o Pará. O mesmo eu digo que não há epidemia ou pandemia a respeito. Afirmo também que os serviços de saúde já possuem recomendações da Sespa para o monitoramento e acompanhamento da doença, para ajudar a população preventivamente”, disse o secretário adjunto de Gestão de Políticas Sociais de Saúde, Sipriano Ferraz.

Ferraz enfatizou, ainda, a importância dos profissionais dos municípios estarem atentos aos fluxos de notificação e diagnóstico estabelecidos pela Sespa, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, para evitar a propagação da doença.

“Os serviços de saúde já possuem recomendações da Sespa para o monitoramento e acompanhamento da doença, para ajudar a população preventivamente”, declarou.

Em relação à desinformação, o secretário alertou a população sobre a necessidade de procurar fontes oficiais para obter informações sobre a doença, evitando confiar em rumores ou notícias não verificadas, especialmente nas redes sociais.

“Fiquem atentos às notícias que estão sendo consumidas e não acreditem em tudo que aparece ou é comentado nas redes sociais e na internet em geral. Verifiquem a fonte antes de repassar o conteúdo e ajude no combate à desinformação”.

A recomendação é que, caso apareçam sintomas, especialmente lesões nos órgãos genitais ou outras áreas da pele, a população procure imediatamente as unidades básicas de saúde ou as UPAs. (Foto: Agência Pará)

Transmissão e sintomas

A Mpox é transmitida pelo vírus homônimo, por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados, e tem como principais sintomas erupções cutâneas e lesões na pele, que podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive nos órgãos genitais.

O secretário de Saúde de Belém, Rômulo Nina, destacou que a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies tocadas por pacientes infectados. Os sinais e sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios, exaustão e inchaço nos gânglios.

“A doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado”, afirmou Rômulo Nina, secretário de Saúde de Belém. Os demais sinais e sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios, exaustão, inchaço nos gânglios (ínguas).

Embora qualquer pessoa possa ser infectada pelo vírus, grupos mais vulneráveis, como pessoas com o sistema imunológico comprometido, gestantes e crianças, são mais propensos a formas graves da doença.

A recomendação é que, caso apareçam sintomas, especialmente lesões nos órgãos genitais ou outras áreas da pele, a população procure imediatamente as unidades básicas de saúde ou as UPAs.

Para prevenção, é fundamental evitar o contato com pessoas infectadas ou suspeitas de infecção, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente, higienizar itens de uso diário e adotar o uso de preservativos e máscaras, além do isolamento social em casos suspeitos.

O período de incubação do vírus é entre 3 a 16 dias, e a transmissão cessa quando as erupções desaparecem.

No Pará, o diagnóstico é confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O tratamento consiste principalmente em medidas de suporte clínico, para alívio dos sintomas e prevenção de complicações.

Em Belém, em caso de suspeita e sinais, como proceder?

A Sesma orienta que pessoas com sintomas compatíveis com a Mpox procurem os locais de referência para atendimento.

Unidades de Saúde

● UMS JURUNAS: R. Eng. Fernando Guilhon, S/N – Jurunas. Atendimento das 8h às 16h
● UMS TELÉGRAFO: Endereço: R. do Fio, S/N – Telégrafo. Atendimento das 8h às 16h
● UMS SATÉLITE: Endereço: Tv. We-8, S/N- Coqueiro. Atendimento das 8h às 16h
● UMS ICOARACI: Endereço: R. Manoel Barata, 840 – Icoaraci. Atendimento das 8h às 16h

Unidade de Pronto Atendimento – UPA

● UPA SACRAMENTA: Av. Dr. Freitas, 860 – Sacramenta. Atendimento 24h
● UPA ICOARACI: R. Paraíso S/N – Parque Guajará. Atendimento 24h.


(CLEIDE MAGALHÃES, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará e Sesma/Belém)

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