Pará realiza exportação histórica de carne bovina rastreada para a China

Primeira remessa de 108 toneladas marca o sucesso do sistema pioneiro de rastreabilidade individual implantado pelo Governo do Estado e reforça a qualidade e a sustentabilidade da pecuária paraense.
Detentor do segundo maior rebanho bovino do país, com cerca de 26 milhões de cabeças, o Pará é pioneiro no controle individual de animais. Foto: Bruno Cruz/Ag. PA.

O Pará deu um passo histórico na pecuária nacional ao realizar a primeira exportação de carne bovina com rastreabilidade individual para a China. A remessa, composta por 108 toneladas de carne produzida sob o Sistema de Rastreabilidade Bovina Individual do Pará (SRBIPA), partiu do município de Xinguara — conhecido como a “capital do boi gordo” — e reforça o protagonismo do estado na pecuária sustentável e tecnológica.

Detentor do segundo maior rebanho bovino do país, com cerca de 26 milhões de cabeças, o Pará é pioneiro no controle individual de animais. O lote exportado reuniu mais de 350 bovinos da raça Nelore, com idades entre 13 e 24 meses, criados sob rigorosos padrões de manejo sustentável. O transporte foi feito em 22 caminhões até um frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizado em Água Azul do Norte, garantindo a certificação exigida pelo Ministério da Agricultura e a conformidade com as normas internacionais de exportação.

Cada animal foi identificado com dois brincos: um amarelo, de leitura visual, e outro azul eletrônico, que permite o monitoramento por radiofrequência. Durante 90 dias, os bovinos foram alimentados com silagem, capim e ração, em pastos rotacionados, assegurando rastreabilidade total — do nascimento ao abate. O resultado foi um ganho médio de 592 quilos por animal, somando mais de 7.200 arrobas no lote exportado.

O SRBIPA integra o Programa Pecuária Sustentável do Pará, coordenado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará). Segundo o diretor-geral da agência, Jamir Macedo, o sistema “é pioneiro no Brasil e eleva a carne paraense a um novo patamar de qualidade, com garantias sanitárias e de origem que fortalecem a confiança do consumidor e abrem novas portas no mercado internacional”.

Cada animal foi identificado com dois brincos: um amarelo, de leitura visual, e outro azul eletrônico, que permite o monitoramento por radiofrequência. Foto: Bruno Cruz/Ag. PA.

O Governo do Estado já anunciou que, a partir de janeiro de 2026, toda movimentação de bovinos e bubalinos deverá incluir a Guia de Trânsito Animal (GTA) vinculada ao SRBIPA. Em 2027, o rebanho paraense deverá estar totalmente identificado individualmente. Para apoiar os pequenos produtores, a Adepará disponibiliza gratuitamente os brincos de identificação a criadores com até 100 animais, que podem solicitar o material nas unidades do órgão em seus municípios.

A iniciativa consolida o Pará como referência nacional em rastreabilidade, sanidade e sustentabilidade, garantindo carne de alta qualidade com origem comprovada e transparência em toda a cadeia produtiva.

 


(Da Redação do Fato Regional, com informações de Agência Pará).

 

Siga o Fato Regional no Facebook, no Instagram e no nosso canal no WhatsApp!


 

 

 

Leia mais