sexta-feira, 29 de março de 2024

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Pará tem 60% das áreas protegidas pressionadas pelo desmatamento na Amazônia, diz Imazon

Instituto divulgou nesta sexta-feira (8) o relatório das regiões que foram mais atingidas e ameaçadas pelo desmatamento.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou que o Pará é o estado que tem mais áreas protegidas que sofreram ação do desmatamento na Amazônia de agosto de 208 a julho de 2019. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (8), são do relatório trimestral do monitoramento do desmatamento na Amazônia, que analisou as informações disponibilizadas pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).

De acordo com os dados fornecidos pelo Imazon, o Pará tem seis das dez áreas protegidas que foram mais pressionadas e quatro das dez áreas protegidas sofreram maiores ameaças do desmatamento.

A Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós e a Flona do Jamanxin foram classificadas como regiões ameaçadas e que sofrem pressão do desmatamento. As Terras Indígenas (TI) Trincheira/Bacajá e Flona do Tapajós estão entre as ameaçadas. APA Triunfo do Xingu, TI Apyterawa, TI Cachoeira Seca do Iriri, TI Mundurucu e TI Kayapó estão classificadas como as mais pressionadas no Pará.

Segundo o instituto, para que uma área protegida esteja classificada como ameaçada é preciso que ocorra a ação de desmatamento em uma zona de vizinhança de até 10 quilômetros de distância. A área protegida entra no quadro de pressionada quando o desmatamento se manifesta no interior da reserva, levando a perdas de serviços ambientais e até mesmo à redução ou redefinição de limites da área.

A unidade de conservação estadual APA do Lago de Tucuruí está entre os líderes dos mais ameaçados desde agosto de 2017. Já entre as unidades federais, a APA do Tapajós também lidera desde 2017 entre as áreas mais pressionadas.

A TI Trincheira-Bacajá foi uma das mais ameaçadas no calendário de desmatamento 2019. A TI Apyterewa e a TI Cachoeira Seca do Iriri lideram o ranking das mais pressionadas.

De acordo com o Imazon, O SAD detectou um total de 5.054 km² de desmatamento na Amazônia. O sistema revelou que das 4.884 células com área de 100km² que tiveram ocorrência de desmatamento, 2.552 (52%) indicam ameaça e 2.332 (48%) pressão em áreas protegidas. O número de células com ocorrência de desmatamento de agosto de 2018 e julho de 2019 é 39% superior ao registrado de agosto de 2017 e julho de 2018.

Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou “que o combate ao desmatamento ilegal e queimadas vem sendo intensificado no Pará, tanto em áreas estaduais quantos federais. As operações são realizadas com outros órgãos de proteção ambiental como a Polícia Rodoviária Federal que vem atuando no combate ao transporte clandestino de madeira.”

Fonte: G1 Pará