Neste domingo, dia 13 de maio, será comemorado no Pará e em todo o Brasil o Dia das Mães, uma data importante e festiva, mas que também revela um quadro preocupante, pois para uma quantidade expressiva destas mulheres, seja por questões conjunturais e/ou estruturais tem exercido sozinhas a dupla função de mãe e pai na luta pela sobrevivência e criação dos filhos.
Segundo dados analisados pelo DIEESE/PA, o quantitativo de mulheres que exercem hoje a dupla função (mãe e pai), tanto no Pará como em todo o Norte é significativo. As análises feitas com base nos dados da PNAD/CONTINUA do IBGE do 4º trimestre do ano passado (Out-Dez/2022) mostram que, em toda a região Norte do total de 5,7 milhões de Domicílios, quase 2,8 milhões (aproximadamente 48,27% do total da Região) eram chefiados por mulheres. No Estado do Pará, no mesmo período analisado, o total de domicílios alcançava quase 2,7 milhões, destes, cerca de 1,2 milhão (equivalente a 45,62% do total do Estado) eram chefiados por mulheres.
Ainda segundo o estudo, na análise regional, em números absolutos, entre os 7 estados que compõem a Região Norte, o Pará é o que apresenta o maior número de mulheres chefes de domicílio (com o total de 1.219.664 mulheres), entretanto, quando a relação é feita com base na distribuição percentual entre o número de mulheres que são chefes de domicílio e o total destes lares no próprio estado, o Acre detém a maior relação alcançando mais de 52,00%
O estudo mostra que de acordo os dados analisados da PNAD/CONTINUA do IBGE do 4º trimestre do ano passado (Out-Dez/2022), a relação entre o total de mulheres chefes de domicílios e o total de lares de cada local mostra a seguinte situação: Em toda a Região Norte no período analisado, o total de Domicílios somava 5.739.305 destes cerca de 48,27% dos lares (2.770.405 domicílios) eram chefiadas por mulheres, no Estado do Pará o total de domicílios somava 2.673.240 destes cerca de 45,62% dos lares (1.219.664 domicílios).
Os dados da PNAD/CONTINUA do IBGE do 4º trimestre do ano passado, mostram que, cerca de 835 mil mulheres em todo o Pará estavam trabalhando e recebendo por mês até um salário mínimo de remuneração máxima, ou seja, mais da metade de todas as mulheres ocupadas no mercado de trabalho paraense. Neste contexto fazem parte as mulheres chefes de domicílio que, sendo mãe e pai, provedora solo daquele lar, convivem também com rendimentos abaixo ou de até um salário mínimo, por vezes dependentes de programas sociais ou sem acesso à renda.
O estudo é parte integrante do projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, parceria entre o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda – SEASTER.