quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Parentes de Bolsonaro foram a casamento de Eduardo em helicóptero da Presidência

Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) informou que, pela lei, é "responsável por zelar pela segurança do presidente e vice-presidente da República, bem como de seus familiares".

Um helicóptero da Presidência da República foi usado para transportar convidados para o casamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em maio. O governo alegou “razões de segurança” para autorizar o voo.Vídeos da ocasião foram divulgados em redes sociais por um sobrinho do presidente, Osvaldo Campos Bolsonaro. A informação foi revelada nesta sexta-feira (26) pelo site G1.

Eduardo se casou com a psicóloga gaúcha Heloísa Wolf, no dia 25 de maio, em cerimônia no Rio de Janeiro. Familiares da região do Vale do Ribeira, em São Paulo, que foram chamados para o evento se deslocaram de helicóptero entre o aeroporto de Jacarepaguá e o Santos Dumont, que fica próximo do local da celebração. De carro, o trajeto tem cerca de 35 km e levaria 35 minutos.

“RAZÕES DE SEGURANÇA”

Segundo o site, foram 14 minutos de voo na aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira). Nas imagens que foram publicadas, é possível ver que o grupo de aproximadamente dez pessoas chegou de van à pista de embarque. No veículo estavam irmãs de Bolsonaro e o deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, amigo do presidente.

Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) informou que, pela lei, é “responsável por zelar pela segurança do presidente e vice-presidente da República, bem como de seus familiares”. “Por razões de segurança, o coordenador de segurança de área neste evento, exercendo competências contidas no decreto nº 4.332, de 12 de agosto de 2002, decidiu que o presidente da República e familiares fossem transportados em helicópteros da Força Aérea Brasileira”, afirmou a pasta.

Segundo o GSI, o procedimento adotado foi justificável e seguiu, “na íntegra, a legislação vigente”. Eduardo, que foi indicado pelo pai para ser embaixador do Brasil em Washington, se uniu a Heloísa em uma casa de festas em Santa Teresa (região central do Rio), com vista para o Pão de Açúcar e para o Corcovado.

O local é cercado por comunidades com altos índices de violência. Como a Folha de S.Paulo registrou na ocasião, o evento contou com cerca de 150 convidados e foi realizado sob forte esquema de segurança, a cargo de homens da Polícia Militar e do Exército.

O gabinete do deputado Hélio Negão informou ao G1 que ele integrava a comitiva presidencial e acompanhou Bolsonaro até o casamento. Segundo o relato do site, as imagens indicam que ao lado do helicóptero no qual os parentes embarcaram estava estacionado um outro, que é usado pelo presidente.

Na gravação feita pelo sobrinho de Bolsonaro, ele anuncia aos seguidores: “Vamos passear de… helicóptero, helicóptero. Vamo lá”. No momento em que descem da van, Osvaldo grita: “Saiu a caravana do Vale do Ribeira! Direto para o Rio de Janeiro. Vamo, caravana!”. O vídeo foi apagado da rede social nesta sexta, depois que o episódio se tornou público.


Líder da oposição ao governo na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ) cobrou investigação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o caso. “Se o helicóptero presidencial foi usado irregularmente, para levar parentes do presidente para o casamento de um de seus filhos, a ordem deve ter partido do Gabinete de Segurança Institucional ou da Presidência da República”, afirmou em uma rede social.

 

 

 

Fonte: FolhaPress