quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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PCC teria pesquisado endereços dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para suposta ‘missão’

As constatações foram levantadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e Polícia Federal, na investigação sobre o suposto plano para sequestrar o senador Sérgio Moro
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, estariam na mira do PCC, como apontam investigações do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado / Arquivo / Imagem Ilustrativa)

O Primeiro Comando da Capital (PCC) teria pesquisado endereços do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A informação é da Folha de São Paulo, com base em relatórios do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e Polícia Federal da investigação sobre o suposto plano para sequestrar o senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil – PR).

Nos relatórios do MP e da PF, o PCC estaria levantando esses endereços e repassando as informações a um núcleo da facção, chamado de “Célula Restrita”, que iria executar uma “Missão em Brasília”. No que exatamente consistia essa missão ainda é objeto de investigação. Mas pelos objetivos em relação a Sérgio Moro, envolveria algum tipo de sequestro. Nos materiais encontrados em celulares dos suspeitos havia fotos aéreas de endereços de Lira e Pacheco.

Em 9 de maio deste ano, dois meses após a operação que desarticulou os planos para atacar Moro, Janeferson Gomes, conhecido como “Nefo” e apontado como possível chefe da “Célula Restrita” do PCC, foi preso. Nas investigações, outros quatro membros da facção teriam sido destacados para a  “Missão em Brasília”: Sandro Olimpio, conhecido como Cizão, Matheus, Felipe e Neymar. Esses nomes são apelidos, são pseudônimos ou estão incompletos.

Para o MPSP, esses planos de ataques seriam uma retaliação à proibição de visitas íntimas nos presídios federais, onde estão detidos vários líderes das facções de atuação nacional, como o PCC e também o Comando Vermelho. Como a proibição tem sido mantida há anos, afirmam os promotores de Justiça, a resposta das organizações criminosas tem sido no sentido de promover ameaças, terrorismo e atentados. Moro, à época da descoberta dos planos contra ele, disse que as ações dele de combate ao crime organizado o tornaram alvo.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Folha de São Paulo)


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