Um levantamento do instituto Paraná Pesquisas aponta que, se as eleições presidenciais fossem hoje, Lula (PT) possivelmente seria reeleito. Porém, a disputa seria voto a voto e dependendo da campanha, já que o petista está tecnicamente empatado dentro da margem de erro da pesquisa com Michelle Bolsonaro (PL), esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Foram entrevistados 2.026 eleitores, em 164 municípios, no período de 18 a 22 de julho. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. E o cenário considerado pela Paraná Pesquisas em que Lula e Michelle Bolsonaro estão tecnicamente empatados é se a antiga primeira-dama receber apoio direto do ex-presidente da direita. Lula teria 43,8% das intenções de voto, contra 40,2% de Michelle.
Porém, se Michelle Bolsonaro não tivesse o apoio do marido por alguma razão, a diferença nas intenções de voto, segundo a pesquisa aumenta: 44,3% para Lula e 39,1%. E num embate direto entre Lula e Jair Bolsonaro — caso deixasse de ser inelegível —, o petista também venceria, mas numa disputa acirrada e tecnicamente empatada: 44,1% contra 41,9%.
Numa pesquisa estimulada, com os nomes de candidatos apresentados, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também é mencionado no estudo da Paraná Pesquisas. Mais uma vez, Lula aparece num empate técnico, dentro da margem de erro, com Jair Bolsonaro. Dos nomes apresentados, o governador paraense teve o menor desempenho e ficando atrás até do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Já numa pesquisa espontânea, na qual os eleitores falam os nomes que vêm às cabeças deles, o instituto Paraná pesquisas registrou novamente vitória de Lula. Mais uma vez com empate técnico na margem de erro. Outros nomes apareceram, como Ratinho Júnior, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas, todos de direita, o que mostra poucos nomes de esquerda e um cenário incerto na ausência do petista. Confira:
A pesquisa, ainda que muito adiantada — mas normalmente feita por partidos e outros atores interessados na política nacional —, mostra a influência de Lula e da família Bolsonaro para as eleições municipais deste ano.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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