A cada minuto, dois celulares são roubados ou furtados no Brasil. Foram mais de 937 mil de ocorrências registradas em delegacias de todo o país em 2023. Os dados são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números podem ser muito maiores, já que, no país, muitas pessoas simplesmente não registram ocorrências quando são vítimas de crimes.
Pela primeira vez, aponta a pesquisa, o número de furtos (quando não há violência física ou ameaça) foi maior que o de roubos de aparelhos, com 494.295 contra 442.999 casos. E mesmo com mais de 937 mil ocorrências registradas, isso representa uma redução de 4,7% da formalização desse tipo de crime. Os celulares, aponta o Fórum, se consolidam como porta de entrada frequente para outros delitos que vêm aumentando, como estelionatos e golpes virtuais.
A marca mais visada pelos criminosos foi a Samsung, com 37,4% dos casos, seguida pela Apple, com 25%, e pela Motorola, com 23,1%. Embora respondam por apenas 10% do mercado nacional, os iPhones representam uma em cada quatro furtos ou roubos de celulares. O Fórum ressalta que quando se atenta a proporções, é possível dizer que os usuários da Apple correm mais riscos na comparação com aqueles que utilizam telefones de outras marcas.
Em 78% das ocorrências, como mostram os dados do anuário, os criminosos optaram por vias públicas. Os casos são mais frequentes em dias de semana, em especial entre segundas e sextas-feiras, com prevalência entre 5h e 7h da manhã e o período entre 18h e 22h. Isso mostra que os ladrões preferem os horários de movimento e deslocamento de pessoas de casa para o trabalho ou escola e o trajeto de retorno.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública é baseado em informações fornecidas pelos governos estaduais, pelo Tesouro Nacional, pelas polícias civil, militar e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil)
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