PF desmonta estrutura milionária de garimpo ilegal em áreas protegidas em Altamira e Rurópolis

Operação “Olho do Céu” destrói maquinários e reforça o combate à mineração clandestina em Terras Indígenas e Florestas Nacionais na região de Altamira e Rurópolis.
Agentes da Polícia Federal durante a Operação Olho do Céu, destruindo equipamentos de garimpo ilegal em áreas protegidas do Pará. (Foto: PF/PA

A Polícia Federal intensificou o combate ao garimpo ilegal na Amazônia com a deflagração da Operação “Olho do Céu”, realizada entre os últimos dias 19 e 23, nas regiões de Altamira e Rurópolis, sudoeste do Pará. A ação teve como objetivo desarticular atividades de mineração clandestina em áreas de proteção ambiental e Terras Indígenas.

Durante a operação, foram identificados diversos pontos de exploração mineral irregular, localizados dentro de Florestas Nacionais e das Terras Indígenas Kuruaya e Trincheira-Bacajá, territórios de uso restrito e de preservação integral.

No cumprimento dos mandados judiciais, equipes da PF inutilizaram 20 motores de drenagem, duas esteiras, três tratores pá-carregadeira, uma motocicleta e uma balsa de extração mineral.

Equipamentos destruídos na operação reforçam combate à mineração clandestina na Amazônia. (Foto: PF/PA)

Diante da impossibilidade de remoção dos equipamentos, a destruição foi autorizada judicialmente. O prejuízo estimado supera R$ 3,1 milhões, comprometendo significativamente a capacidade operacional dos grupos criminosos.

O garimpo ilegal causa sérios impactos ambientais, incluindo desmatamento, poluição por mercúrio e danos às comunidades indígenas e ribeirinhas. A iniciativa reforça o compromisso da Polícia Federal com a proteção ambiental, em um momento estratégico, às vésperas da COP30, que colocará o Pará no centro das discussões globais sobre o clima e a Amazônia.

Maquinários e motores de extração mineral inutilizados pela PF para combater atividades de mineração clandestina em Terras Indígenas e Florestas Nacionais. (Foto: PF/PA)

A atuação da PF também atende à ADPF 709 do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina ações de proteção aos povos indígenas e o enfrentamento da mineração ilegal em seus territórios.

A Delegacia de Altamira é reconhecida como unidade de referência conforme as diretrizes da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damax), consolidando o trabalho integrado e permanente de proteção ambiental e combate aos crimes contra o patrimônio público na região amazônica.


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Ascom da PF no Pará)

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