A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a operação “VAR”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em furtos de cargas dos Correios no Pará. A estatal apoiou a PF nas investigações, através dos Setores de Segurança e Inteligência Coorporativa no Pará e em Brasília. Estima-se que os suspeitos tenham provocado um prejuízo de R$ 35 milhões nos últimos 5 anos e dor de cabeça aos consumidores.
“A operação visa o cumprimento de 42 mandados de prisão e 49 mandados de busca e apreensão nos municípios de Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju, Benevides e Igarapé-Açu; além de Maracaçumé, no Maranhão. Os Mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que também determinou a suspensão das atividades de lojas que receptavam as cargas furtadas e o bloqueio judicial de valores, que se encontravam em conta dos investigados, com origem delitos praticados”, diz nota da PF.
Em meio aos alvos de prisão da operação “VAR”, há 29 motoristas e ex-motoristas, que eram contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços para os Correios, em Linhas de Transporte Nacional, com rotas entre São Paulo e Belém e São Paulo e Marabá, o que pode ter prejudicado usuários de todo o estado. A organização criminosa visava, principalmente, eletrônicos como celulares, notebooks, tablets e TVs.
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Com o tempo, explica a Polícia Federal, os investigados se aperfeiçoaram em burlar os sistemas de segurança dos caminhões, como lacres e alarmes, para esconder sua participação nos crimes. As investigações também apontaram a existência de um esquema de receptação e distribuição dos itens furtados. Foram realizadas buscas e apreensões em seis lojas de aparelhos eletrônicos, além da suspensão das atividades comerciais destes estabelecimentos e a prisão preventiva dos proprietários.
“Um dos alvos de prisão já havia sido preso em 2021, pelo mesmo crime de receptação de cargas roubadas dos Correios. Na operação desta terça-feira, teve duas lojas, com suspeita de serem usadas também em receptação, fechadas pela PF”, dizia a nota da corporação.
Uma curiosidade: o nome da operação, VAR (Video Assistant Referee, o árbitro de vídeo), surgiu a partir do vocabulário usado pelos envolvidos no esquema de furto, que costumavam se referir ao crime usando termos do futebol para tentar ocultar as comunicações entre os envolvidos, caso fossem interceptados. A operação VAR teve apoio da PM de São Paulo: Equipe TOR da 4 cia do 3BPRV.
O Fato Regional respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados em casos policiais — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente quaisquer manifestações —, garantindo amplo direito ao contraditório.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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