quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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PF prende 1 policial federal e 4 militares ‘Kids Pretos’ suspeitos de planejar morte de Lula, Alexandre de Moraes e Geraldo Alckmin

As pistas que levaram à prisão dos suspeitos revelaram que o plano chamado 'Punhal Verde e Amarelo' estavam na no celular do então ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid. Cid, por sinal, pode perder todos os benefícios da delação premiada por ter omitido esse plano. Os suspeitos estavam na segurança da reunião do G20.
Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e principal fonte das investigações contra o núcleo mais próximo de Bolsonaro por conta de delações premiadas (Foto: Reprodução / TV Senado)

No dia 15 de dezembro de 2022, seria executado um plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, com o objetivo de assassinar Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Não se sabe ainda o que impediu a execução altamente detalhada e planejada, mas as provas foram colhidas. Na manhã desta terça-feira (19), um policial federal e quatro militares “Kids Pretos” foram presos na operação “Contragolpe”, no Rio de Janeiro, por suspeita de envolvimento.

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal. Foram presos militares do Exército ligados às forças especiais, conhecidos como “Kids Pretos”: o general de brigada Mario Fernandes (reserva), o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. E ainda o agente Wladimir Matos Soares, da PF. Eles estavam numa missão de segurança da reunião de líderes do G20, no Rio de Janeiro.

Os militares ‘Kids Pretos’ presos: Rafael Martins, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra e Mario Fernandes (Foto: Redes Sociais)

Já havia pistas sobre esse plano de execução de Alexandre de Moraes, de Lula e Alckmin. A ideia original seria mudar, de forma violenta, o resultado das eleições de 2022.  A grande novidade foi a recuperação de mensagens apagadas do celular do coronel Mauro Cid, então ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por ora, não há nenhum indício de participação do principal líder da direita brasileira.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estados do Amazonas, Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro. Mauro Cid deve depor, novamente, nesta terça-feira (19), à Polícia Federal. Por ter omitido todos os planos durante os processos de delação premiada, o coronel e ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro pode perder os benefícios da colaboração, algo que ainda está em análise.

Dezembro de 2022 foi um mês com diversas ações que tiveram cunho golpista, como o ataque à sede da Polícia Federal; e o atentado com bombas no Aeroporto Internacional de Brasília, que teve a participação de um empresário de Xinguara. Pouco depois, em 8 de janeiro de 2023, ocorreu a tentativa de golpe com o ataque à praça dos Três Poderes, ato que, segundo as investigações da PF, teve participação dos “Kids Pretos”.

As investigações da operação “Contragolpe” seguem e devem ter novos desdobramentos ao longo do dia e da semana.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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