A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (20) a operação Vikare contra grupo criminoso que atua com o tráfico internacional de drogas através de um esquema que usava aeronaves e empresas para mascarar o transporte de entorpecentes entre vários estados e países da América do Sul.
Batizada de Vikare, a ação partiu de investigação no Amapá iniciada em maio de 2020. Além do estado, os 73 mandados – 24 de prisão e 49 de busca e apreensão – são cumpridos em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará e Piauí.
Veja a PF nas ruas da cidade de Manaus
No Amazonas, desde as 5h, a PF cumpre mandados em hotéis e em escritórios de postos de combustíveis no município de Itacoatiara.
A investigação identificou que o Amapá era um ponto logístico da organização criminosa, que tinha um aeródromo na capital Macapá como local de abastecimento e manutenção das aeronaves – a maioria de pequeno porte.
O estado recebia os aviões vindos principalmente da Colômbia e Venezuela, que depois seguiam com as drogas para várias regiões do Brasil.
A PF ainda não detalhou o número de presos e nem total de dinheiro e itens apreendidos, porém, informou que foi pedido o sequestro de bens de 68 investigados, entre aeronaves, embarcações e o bloqueio de R$ 5,8 milhões em bens.
O fato que motivou toda a operação aconteceu após a descoberta de destroços de um avião em maio de 2020 numa área isolada do município de Calçoene, no extremo norte do Amapá.
A PF monitorava movimentações suspeitas de aeronaves quando encontrou os destroços. A investigação apontou que o veículo foi incendiado de propósito para esconder a prática.
No local onde o avião foi achado, outros indícios do tráfico de drogas foram percebidos, como uma vala destinada ao armazenamento das drogas.
Daí então, foi descoberta uma cadeia de ocorrências que levou à identificação dos envolvidos, entre eles, o fato de que outra aeronave pousou em Calçoene para transportar os tripulantes e carga do avião incendiado.
Isaac é primo do senador Davi Alcolumbre, que não é alvo da operação. Um aeródromo do ex-deputado funcionava como local de abastecimento e manutenção das aeronaves usadas para distribuir entorpecentes vindos da Colômbia e Venezuela.
Com informações da Polícia Federal