São Félix do Xingu, no Sul do Pará, vive a que já é considerada a pior estiagem dos últimos 45 anos. Sem chuvas mais significativas, os principais rios do município, o Xingu e o Fresco, estão com níveis muito baixos. Nas redes sociais, a população tem compartilhado imagens desoladoras e que mostram os motivos de o prefeito João Cleber (MDB) ter decretado situação de emergência. Estima-se que mais de 8,5 mil pessoas estão sendo diretamente afetadas.
Desde a semana passada, as imagens que mostram a gravidade da seca nos rios Xingu e Fresco vêm servindo de alerta para os efeitos da emergência climática. Um dos vídeos ilustra a mudança da paisagem do rio Xingu, na localidade do Onça. Assista:
Nesta terça-feira (17), o coordenador da Defesa Civil Municipal de São Félix do Xingu, Mauro Sousa, disse que a prefeitura entregou a solicitação de recursos para atender às famílias atingidas pela seca dos rios. Principalmente foram afetados pequenos agricultores, ribeirinhos e 17 aldeias indígenas. Foram pedidos ao Governo Federal cestas de alimentos, água mineral, caminhões-pipas, caminhonetes e combustível.
Paralelamente, em Brasília (DF), ocorrem reuniões da Comissão Tripartite Nacional, no qual o Ministério do Meio Ambiente busca, junto aos estados e municípios, soluções para o enfrentamento às emergências climáticas. Sérgio Benedetti, secretário municipal de Meio Ambiente e Mineração de São Félix do Xingu, está participando e reforçou a importância da busca de soluções conjuntas. E que a cidade está tendo voz e representatividade no encontro.
“Essa condição dos rios não é normal. É diferente e, para os mais jovens, é algo inédito. No verão, de fato, o nível dos rios diminui, mas não tanto quanto estamos vendo. Estamos tentando entender essa situação nebulosa relacionada às mudanças climáticas, à estiagem, combinada com os incêndios florestais e emissão de gases do efeito estufa, que também alteram o ciclo de chuvas. Sem chuvas, combinado com queimadas, temos mais gases e assim por diante”, diz Sérgio.
Benedetti diz que os estudos meteorológicos apontam chuvas mais significativas somente para a segunda quinzena de outubro. Ao menos é o que se espera. “O Governo Federal, Governo do Pará e a Prefeitura tem trabalhado muito para controlar e reverter essa situação. Essas reuniões, dando voz aos municípios, é algo que ajuda bastante. Estamos montando um plano de ação para que, do ano que vem em diante, estejamos mais preparados”, concluiu.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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