O plano estratégico da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) para a retirada da vacinação contra a febre aftosa no estado foi pauta na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) na última quinta-feira (27). O documento foi apresentado pelo deputado estadual Fabio Freitas, presidente da Comissão Permanente de Agricultura, Terras, Indústrias, Comércio e Serviços, que defendeu as ações que vêm sendo realizadas pela Adepará para obtenção do status de zona livre da doença sem vacinação.
“O Pará encaminhou um pedido ao Ministério de Agricultura solicitando a retirada da vacina a partir de 2024. Temos um grupo gestor muito atuante e que acompanha de perto a execução das metas propostas no plano estratégico. E alinhado a isso, temos o apoio do setor produtivo, do Legislativo por meio da Alepa, do Governo do Estado e dos demais entes relacionados à agropecuária”, ressaltou o fiscal agropecuário e diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.
Atualmente, o Pará é livre da febre aftosa com vacinação, consequência das diversas ações que são realizadas pela Adepará desde 1998. Assim, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) orienta que a vacinação não se torna mais necessária, e para que o Estado obtenha o novo status sanitário de zona livre da doença sem vacinação, é necessário seguir aproximadamente 40 ações técnicas específicas que são determinadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no plano Estratégico Estadual de Erradicação da Febre Aftosa.
A Agência realizou 65% das ações previstas no plano, e está aumentando a qualidade do trabalho de vigilância epidemiológica com treinamentos constantes das equipes técnicas, comprovando que o grupo gestor da Agência está trabalhando efetivamente para alcançar esse novo status e mantê-lo.
“É importante frisar que nós, como agência de defesa agropecuária, estamos totalmente preparados para atuar, garantindo a sanidade do nosso rebanho após a retirada da obrigatoriedade da vacina contra febre aftosa. Somos uma das agências brasileiras que mais investe e que obtém avanços expressivos do ponto de vista técnico, operacional e estrutural, fatores determinantes para o fortalecimento do serviço de defesa estadual”, finalizou o diretor geral.
Já neste ano, os estados de Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e o Distrito Federal deram início ao processo de suspensão da vacina. Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação. A expectativa é que ainda este ano, o Pará seja incluído nesse status.
O estado detém o segundo maior rebanho bovino do país, 26.754.388 animais, o que representa um crescimento superior a 6.062.288 bovídeos em um período de quatro anos, e a retirada da vacina proporcionará economicidade ao produtor rural e a possibilidades de acesso aos melhores mercados. Isso significará mais valorização para produção paraense e aumento da economia.